O Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, na Itália, está recebendo desde ontem à tarde milhares de peregrinos de diversas partes da Itália.

Durante toda a noite muitos fiéis passaram, no local, em vigília, participando da Eucaristia, rezando o rosário e buscando o sacramento da confissão.

Na manhã de hoje, 24 maio, dia festivo para toda a Família Salesiana por conta da data, às 10 horas da manha, o Cardeal Arcebispo de Turim, Dom Severino Poletto, presidiu a Solene Celebração com a presença dos bispos salesianos de todo o mundo.

O prelado ressaltou, na homilia, o significado do motivo de recorremos a Virgem Santíssima. A primeira razão disso é porque a temos como Mãe e nas Bodas de Caná, quando ela pede a Jesus que faça alguma coisa para os noivos, ela apenas cumpre o seu papel materno. A nossa fé e o nosso modo de recorrer a Virgem Maria se devem ao fato de sabermos que ela é Mãe.

O presidente da Celebração Eucarística continuou a reflexão afirmando que todos os que recorrem a Maria têm necessidade de fazer-lhe algum pedido. E recorda que o primeiro pedido que devemos fazer a ela é a graça para a luta espiritual contra o pecado. Nós cristãos precisamos ter clareza disso e saber de que lado estamos, porque constantemente somos envolvidos pela mentalidade do mundo e Nossa Senhora vem nos ensinar a saber escolher pelo bem.

Um segundo pedido que devemos fazer a Virgem Maria é a graça de entendermos o sofrimento. Esta é uma grande ajuda de Nossa Senhora aos seus filhos.

A formação das consciências, por meio de um ensinamento baseado no testemunho dos cristãos mais velhos aos jovens, é a indicação do cardeal Severino ao falar da educação juvenil. Ele declarou que não é possível uma educação sem a verdade. O jovem deve ser formado para ter a capacidade de criticar os diversos caminhos que lhe são oferecidos pela sociedade atual.

Para finalizar a sua meditação, recordou que, infelizmente, hoje se fala pouco de Deus, o valor religioso que deveria ser total, muitas vezes, é medíocre. É preciso descobrir, no tempo que o Senhor nos doa, o Seu projeto sobre a nossa vida.

Ao mensionar os dois milhões de peregrinos que passaram diante do Santo Sudário, que está na cidade italiana [Turim], ele se pergunta o que aquelas pessoas buscavam olhando para os sinais do sofrimento de Cristo. Elas buscam fé e esperança para a própria vida, responde. Agora é necessário comunicar aos nossos irmãos a esperança que nós encontramos na nossa vida.

Nem mesmo a intensa chuva deste domingo em Roma impediu milhares de pessoas de participar da Celebração da Solenidade da Páscoa com o Papa Bento XVI. A celebração eucarística teve início com o rito da Ressurreição: a abertura da neo Acheropita, uma imagem realizada segundo o modelo medieval original, que representa o Salvador sentado no trono; dois diáconos, nas notas do Surrexit Dominus, mostraram a imagem do Ressuscitado primeiro ao Santo Padre e depois aos fiéis, propondo a antiga tradição segundo a qual o Bispo de Roma, no início da celebração eucarística, encontra o Senhor Ressuscitado na imagem do Santíssimo Salvador e se torna a primeira testemunha diante de toda a Igreja do evangelho da ressurreição. Neste ano, em que Oriente e Ocidente festejam a Páscoa no mesmo dia, que destaque o anúncio conjunto da Ressurreição de Cristo, depois do Evangelho, foi entoado o canto típico da liturgia bizantina, que antigamente era cantado diante do Santo Padre.

Logo após o rito o Cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício, dirigiu ao Papa Bento XVI seus votos de Páscoa, em nome de todos os Cardeais, sacerdotes e a Igreja a sua solidariedade a Bento XVI que vem sofrendo ataques neste tempo. “Nesta Festa Solene de Páscoa a liturgia da Igreja nos convida a uma santa alegria”. “Com este espírito hoje nós nos unamos com o senhor, o Sucessor de Pedro, o Bispo de Roma, a rocha inabalável da Santa Igreja de Cristo, para cantarmos juntos o Aleluia da fé e da esperança cristã. Afirmou o cardial.

Dom Angelo Sodano assegurou ao Papa “a solidariedade dos irmãos Bispos espalhados por todo o mundo, que guiam as três mil circunscrições eclesiásticas do planeta, dos quatrocentos mil sacerdotes que generosamente servem o povo de Deus em paróquias, oratórios, escolas, hospitais e missões nas regiões mais remotas do mundo” . “O povo de Deus está ao lado do Papa, e não se abala por certas ‘especulações’ e nem por provações que por vezes atingem a comunidade de fiéis”, garantiu. Enfim, o cardeal disse em nome de todos, que farão tesouro das palavras do Pontífice e rezarão por ele, para que o Senhor Bom Pastor continue sustentando-o em sua missão a serviço da Igreja e do mundo.

No final da celebração o Papa Bento XVI, foi até o balcão central da Basílica Vaticana para a bênção Urbi et Orbi. Aos milhares de fiéis presentes na Praça e os milhões de telespectadores que acompanharam a celebração através de mais de 40 emissoras, fez um apelo de paz e de vida, para que sejam “respeitadas e acolhidas”. O Pontífice destacou a “crise profunda” que a humanidade está sofrendo, e que necessita da “salvação do Evangelho” e das “profundas mudanças”, a partir das consciências, uma espécie de êxodo de conversão espiritual e moral.

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A Vigília Pascal, missa mais importante do ano litúrgico, atrai católicos do mundo inteiro, que vem ao Vaticano para celebrarem juntos com o Sucessor de Pedro.

A celebração iniciou do lado de fora da basílica com o convite do Santo Padre aos fieis para viverem a
Páscoa de Jesus através da escuta da Palavra e da participação aos Sacramentos. O primeiro rito é o da Bênção do Fogo, seguido da preparação do Círio Pascal.

A procissão de entrada aconteceu com as luzes da Basílica apagadas. A frente o Círio Pascal levado pelo diácono que anunciou Cristo como luz do Mundo. Já com a Basílica iluminada foi cantado exultante o anuncio Pascal.

Outro momento significativo da celebração foi a liturgia da Palavra. Intercaladas por uma breve oração de Bento XVI, as leituras fizeram um resumo da historia da Salvação, partindo do Genesis ate o Evangelho. Na passagem das leituras do antigo testamento para o novo testamento se cantou o Gloria.

Na Homilia o Papa partiu de uma antiga lenda judaica sobre a morte de Adão, para falar da luta que o homem, desde sua existência, trava para não morrer, ou encontrar um remédio para que sua vida seja mais longa e sem dor. Mas o verdadeiro remédio existe e foi encontrado,  disse o Pontífice. No Batismo se inicia uma vida nova, que se realizará em plenitude na vida eterna. A celebração do Batismo demonstra esta realidade com símbolos e ritos, continuou Bento XVI.

Desde o século II a Igreja viveu a Vigília Pascal como momento especial para celebrar a Ressurreição de Cristo. Nela também são administrados os sacramentos da iniciação crista: batismo, comunhão e crisma.

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Na Celebração da Paixão do Senhor no Vaticano, presidida pelo Santo Padre Bento XVI e com toda a cúria romana, o pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa afirmou na homilia que Cristo é o melhor aliado das mulheres vítimas de violência.

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Silencio e o recolhimento fazem parte da Liturgia da Paixão do Senhor. Nem mesmo as luzes da Basílica Vaticana se acendem, sinal que nesta celebração o Filho de Deus è oferecido como vitima pelos pecados da humanidade.

Mesmos com os casos de pedofilia na Igreja divulgados pela imprensa nestes últimos tempos, Frei Raniero Cantalamessa se deteve em falar dos casos de violência contra a mulher.

Na primeira parte, ele refletiu sobre a lógica da violência e de como Cristo a superou com o seu sacrifício. Em Cristo disse ele, não é mais o homem que oferece o Sacrifício a Deus, mas é Deus que si sacrifica pelo homem.

O Sacrifício não serve mais a aplacar a divindade, mas sim para aplacar o homem e fazê-lo desistir da sua hostilidade no confronto de Deus e de Seu próximo.

O pregador, assinalou que per uma rara coincidência, este ano a Nossa Páscoa cai na mesma semana da Páscoa hebraica, origem da páscoa cristã.
Esta data nos impele a dirigir um pensamento aos irmãos hebreus. Esses sabem por experiência o que significa ser vitima da violência coletiva e também por isso são prontos a reconhecer os sintomas hodiernos.

Neste sentido, se referiu a uma carta de um amigo hebreu, no qual se solidariza com o Papa e com os católicos a propósito dos ataques recebidos dos meios de comunicação em todo o mundo.
O Uso de estereótipo, a passagem da responsabilidade e culpa pessoal à aquela coletiva me recorda os aspectos vergonhosos do Anti-semitismo, Le-se no texto. A Carta termina exprimindo ao Papa e a toda a Igreja a minha solidariedade de Hebreu do dialogo e todos aqueles que no mundo hebraico, e são muitos, que partilham destes sentimentos de fraternidade.

A liturgia deu prosseguimento com a oração Universal rezada em várias línguas, a Veneração da Cruz gloriosa do Senhor e a distribuição da Eucaristia a todos os fiéis.

De mais nada nos gloriaremos a não ser na Cruz de Jesus Cristo Nosso Senhor, dizia o canto de ingresso na missa de Lava Pés, presidida pelo Santo Padre Bento XVI nesta tarde na Basílica de São João de Latrão. A Vida, O Nome e a Unidade foram três palavras ressaltadas por Bento XVI na homilia. Sobre a Vida, aquela que Cristo dá quando se entra em relação com ele.

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O Nome, revelado aos homens, sinal de um Deus que sai de si mesmo para ser um com o seu povo. O Mistério Eucarístico, disse o Papa, é o cume deste esvaziar-se de Deus para estar bem perto dos homens. E a Unidade pela qual Jesus rezou ao Pai, pedindo por seus discípulos e por aqueles que futuramente o seguiriam.

A Unidade é o testemunho para a missão de Jesus Cristo, afirmou Bento XVI. Esta unidade que só pode ser vivida mediante a fé e uma vida doada aos outros. Foi o que se realizou no gesto eloqüente da Ultima Ceia, repetido e atualizado na Igreja em todo o mundo. Enquanto o Santo Padre lavava os pés dos doze sacerdotes da diocese de Roma, todos os presentes foram convidados a realizar um ato de caridade para a reconstrução do Seminário de Porto Príncipe  no Haiti, que foi entregue ao Santo Padre no momento do Ofertório.