Na Celebração da Paixão do Senhor no Vaticano, presidida pelo Santo Padre Bento XVI e com toda a cúria romana, o pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa afirmou na homilia que Cristo é o melhor aliado das mulheres vítimas de violência.

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Silencio e o recolhimento fazem parte da Liturgia da Paixão do Senhor. Nem mesmo as luzes da Basílica Vaticana se acendem, sinal que nesta celebração o Filho de Deus è oferecido como vitima pelos pecados da humanidade.

Mesmos com os casos de pedofilia na Igreja divulgados pela imprensa nestes últimos tempos, Frei Raniero Cantalamessa se deteve em falar dos casos de violência contra a mulher.

Na primeira parte, ele refletiu sobre a lógica da violência e de como Cristo a superou com o seu sacrifício. Em Cristo disse ele, não é mais o homem que oferece o Sacrifício a Deus, mas é Deus que si sacrifica pelo homem.

O Sacrifício não serve mais a aplacar a divindade, mas sim para aplacar o homem e fazê-lo desistir da sua hostilidade no confronto de Deus e de Seu próximo.

O pregador, assinalou que per uma rara coincidência, este ano a Nossa Páscoa cai na mesma semana da Páscoa hebraica, origem da páscoa cristã.
Esta data nos impele a dirigir um pensamento aos irmãos hebreus. Esses sabem por experiência o que significa ser vitima da violência coletiva e também por isso são prontos a reconhecer os sintomas hodiernos.

Neste sentido, se referiu a uma carta de um amigo hebreu, no qual se solidariza com o Papa e com os católicos a propósito dos ataques recebidos dos meios de comunicação em todo o mundo.
O Uso de estereótipo, a passagem da responsabilidade e culpa pessoal à aquela coletiva me recorda os aspectos vergonhosos do Anti-semitismo, Le-se no texto. A Carta termina exprimindo ao Papa e a toda a Igreja a minha solidariedade de Hebreu do dialogo e todos aqueles que no mundo hebraico, e são muitos, que partilham destes sentimentos de fraternidade.

A liturgia deu prosseguimento com a oração Universal rezada em várias línguas, a Veneração da Cruz gloriosa do Senhor e a distribuição da Eucaristia a todos os fiéis.

De mais nada nos gloriaremos a não ser na Cruz de Jesus Cristo Nosso Senhor, dizia o canto de ingresso na missa de Lava Pés, presidida pelo Santo Padre Bento XVI nesta tarde na Basílica de São João de Latrão. A Vida, O Nome e a Unidade foram três palavras ressaltadas por Bento XVI na homilia. Sobre a Vida, aquela que Cristo dá quando se entra em relação com ele.

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O Nome, revelado aos homens, sinal de um Deus que sai de si mesmo para ser um com o seu povo. O Mistério Eucarístico, disse o Papa, é o cume deste esvaziar-se de Deus para estar bem perto dos homens. E a Unidade pela qual Jesus rezou ao Pai, pedindo por seus discípulos e por aqueles que futuramente o seguiriam.

A Unidade é o testemunho para a missão de Jesus Cristo, afirmou Bento XVI. Esta unidade que só pode ser vivida mediante a fé e uma vida doada aos outros. Foi o que se realizou no gesto eloqüente da Ultima Ceia, repetido e atualizado na Igreja em todo o mundo. Enquanto o Santo Padre lavava os pés dos doze sacerdotes da diocese de Roma, todos os presentes foram convidados a realizar um ato de caridade para a reconstrução do Seminário de Porto Príncipe  no Haiti, que foi entregue ao Santo Padre no momento do Ofertório.

No Vaticano, a Missa do Crisma foi presidida pelo Papa Bento XVI com a presença de grande parte do clero da diocese de Roma, que hoje renovou as promessas sacerdotais.
Muitos fiéis, na maioria, sacerdotes, lotaram a Basílica Vaticana durante a Missa do Crisma. A celebração faz parte de uma antiga tradição crista que teve inicio no século sexto.
Tu fizestes de nós um reino de sacerdotes para o nosso Deus, era o refrão do canto de entrada executado pelo coro da Capela Sistina. Por se tratar de uma dia de solenidade e de festa, o canto do Gloria é retomado com todo vigor, após o periodo em que ele fica fora da liturgia, durante os 40 dias de Quaresma.
As três leituras tiveram como centro o sacerdócio.
Bento XVI na homilia explicou o significado dos elementos que sao utilizados na concessão dos sacramentos, ou seja, a água, o pão, o vinho e o óleo. A água é base para a vida humana. Já o pão, leva consigo o quotidiano da vida; o vinho significa  festa e o óleo que nutre é remédio e unge os eleitos. Estes símbolos estão ligados a cultura mediterrânea e ao lugar onde Cristo quis habitar no nosso meio. O Sumo Pontífice também pediu que os sacerdotes sejam homens de misericórdia, de paz e de alegria.
Os padres renovaram o compromisso assumido no dia de sua ordenação sacerdotal, ou seja, de estarem intimamente ligados a Cristo, modelo de sacerdote e serem fiéis dispensadores dos mistérios de Deus por meio da Eucaristia e das outras ações litúrgicas.
Após a renovação das promessas sacerdotais, introduzida na liturgia depois do Concilio Vaticano II, se inicia a bênção dos santos óleos, momento central deste celebração.

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O Papa abençoou o óleo dos catecúmenos que será usado no sacramento do Batismo. Abençoou tambem o óleo dos enfermos que será usado na unção dos doentes. E por fim abençoou o oleo do crisma que será administrado no sacramento do crisma já que, através do qual, os fieis participam da missão redentora de Cristo.
Ao final da celebração o Papa confiou aos bispos e padres os óleos abençoados para que através do ministério sacerdotal deles flua a graça divina para as pessoas.

Palavras do Papa Bento XVI em português nesta quarta-feira 8 de julho  de 2009:

“Acolho cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa nomeadamente os grupos vindos do Brasil e de Portugal para encontrar o Sucessor de Pedro. Que todos vós possais, em Cristo, viver a caridade na verdade, contribuindo assim para uma real promoção do bem comum. Jesus é o Homem novo que abre as portas para a verdadeira renovação da humanidade. Desça a Sua Bênção sobre cada um de vós e vossas famílias”.

Milhares de pessoas aguardavam com entusiasmo a chegada do Papa Bento XVI, na bela praça do Campidoglio, que foi projetada por Michelangelo e hoje é atual sede da prefeitura da cidade.

O santo padre foi recebido pelo prefeito de Roma, Gianni Alemano e logo em seguida participou de uma reunião extraordinária do Conselho Municipal, onde proferiu seu primeiro discurso e assinou o chamado livro de ouro. Logo em seguida, o Papa proferiu seu segundo discurso as milhares de pessoas que o aguardavam em frente ao palácio.

Ao falar como bispo de Roma, o Papa fez questão de citar aqueles os quais ele considera célebres cidadãos: os santos e martires de Roma, destacando o valor da cidade para o Cristianismo.

A atual crise financeira mundial também foi citada pelo santo padre, que enfatizou a preocupação da igreja com a atual situação economica.

È a primeira vez que Bento XVI discursa no Campidoglio, sendo o terceiro papa a visitar a sede da prefeitura romana. Depois de Paulo VI e João Paulo II, desta vez é Bento XVI que sauda os moradores de Roma, neste dia que entra para a história da cidade.