23. julho 2019 · Comentários desativados em Meditação: ferramenta coadjuvante no tratamento de doenças crônicas · Categories: estresse, Hipertensão Arterial, Prevenção, Saúde · Tags: , ,

A meditação é uma busca orante que põe em ação o pensamento, a imaginação, a emoção, o desejo. Tem por finalidade a apropriação crente do assunto meditado, confrontado com a realidade de nossa vida. Em resumo, a meditação é uma prática em busca do Sagrado, que vai depender do tipo de espiritualidade que a pessoa busca. Por essa razão, existem vários tipos de meditação, de acordo com as preferencias espirituais de cada pessoa.

Como cristão católico, tenho por lema a meditação cristã, que difere muito de outros tipos de meditação, habitualmente derivadas de espiritualidades orientais e evidentemente diferentes da espiritualidade cristã. A meditação cristã não aceita esvaziar a mente e sempre é direcionada a Deus e as suas obras maravilhosas. Jamais ela é orientada para se fazer uma contemplação vazia e tampouco direcionada a nossa própria intuição, como acontece em outros tipos de meditação.

Existem vários estudos publicados na literatura médica mundial comprovando os benefícios da prática da meditação na saúde. A pratica da meditação pode ser valiosa no controle da dor crônica, na melhora da produtividade no trabalho, no controle da depressão e ansiedade. Ela pode aumentar sentimentos positivos, incluindo felicidade, conexão com os outros, calma, paz e compaixão e ajuda a diminuir a ansiedade ou a depressão. Exerce influência positiva no controle da obesidade e episódios de compulsão alimentar, melhora a qualidade do sono e ao reduzir o estresse, evita a ocorrência de doenças cardiovasculares, além de ser excelente coadjuvante no tratamento da hipertensão, insuficiência cardíaca e muitas doenças crônicas.

Como praticar a meditação cristã?

  • Procure um lugar calmo – quanto menos distrações, melhor. Cada distração quebra o raciocínio. Tire um momento para se acalmar;
  • Ore – peça a Deus que lhe guie durante a meditação, lhe revelando novas verdades. Essas verdades podem não aparecer logo, por isso peça também paciência;
  • Leia a Bíblia – leia com cuidado, para entender o significado; leia a mesma passagem algumas vezes, pensando nos diferentes sentidos que pode ter. O que acontece quando enfatizo uma palavra diferente? Como o tom de voz muda o significado?
  • Use a imaginação – se ponha dentro da história que você está lendo, imagine o que está acontecendo, como as personagens se sentem. Imaginar uma cena calma também é uma boa forma de acalmar e esquecer as distrações;
  • Procure aplicação – o que aprendi? Como posso usar isso em minha vida? Isso pode mudar meu relacionamento com Deus ou com outras pessoas?

A depressão e a ansiedade coexistem em muitas situações. Dois terços das pessoas com ansiedade também sofrem de depressão, e cinquenta e oito por cento dos deprimidos têm perturbações de ansiedade.

Esta combinação é tão comum, que, atualmente, alguns autores a consideram uma nova doença: a ansiedade depressiva (AD) ou depressão ansiosa.

Muitos cientistas acreditam que a ansiedade e a depressão, embora se manifestem de forma diferente, têm as mesmas anormalidades no sistema de neurotransmissão de impulso nervoso.

Mais frequente em mulheres, a ansiedade depressiva pode ser desencadeada por traumas ou abusos na infância, dificuldades na escola, perda ou separação de parentes, problemas financeiros e abuso no consumo de substâncias.

A base para o diagnóstico desta doença é o estabelecimento da associação de sintomas depressivos com sintomas de estados ansiosos. O indivíduo passa a apresentar uma angústia intensa, não consegue estar quieto, caminha de um lado para outro, desespera-se. Estes são os sintomas ansiosos mais comuns.

Associam-se a estes os sintomas orgânicos verificados nos estados ansiosos, como tremores, cansaço, sensação de falta de ar ou de asfixia, palpitações ou coração acelerado, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, vertigens, ânsia de vómitos, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, micção frequente, dificuldade em engolir, sensação de «bolo na garganta», entre outros.

As manifestações depressivas mais frequentes são tristeza excessiva, melancolia, choro fácil ou frequente, apatia e indiferença, sensação de falta de emoções, tédio, aborrecimento crónico, desespero, maior irritabilidade, especialmente em situações triviais que não costumam incomodar as pessoas (por exemplo, ruídos, vozes).

Associam-se aos sintomas depressivos acima descritos muitos outros, como desânimo, perda de vontade, insónia ou sono excessivo, redução ou aumento do apetite, redução do apetite sexual, diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou ausência de orgasmo), incapacidade de obter prazer em várias esferas da vida. Também surgem concepções negativas, pessimismo em relação a tudo, ideias de arrependimento e culpa, cogitações sobre mágoas passadas, ideias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre.

Nota-se prejuízo nas atividades quotidianas, devido principalmente ao défice de atenção e concentração, à redução da capacidade de memória, à dificuldade em tomar decisões, aos sentimentos de baixa autoestima, insuficiência, incapacidade, vergonha e autodepreciação.

Se você se encontra numa das situações  acima, procure imediatamente um médico para que lhe dê a medicação correta a fim de controlar os sintomas. Além disso, é muito importante cuidar da sua espiritualidade, ou seja, recorrer a Deus nesses momentos de muito sofrimento, pois é na noite escura que encontramos a luz do Senhor. Recomendo a leitura e a prática da NOVENA PARA O ENFRENTAMENTO DA ANSIEDADE E DA DEPRESSÃO da Editora Canção Nova. Faça esse desafio!!  

OS SETE MITOS DA DEPRESSÃO – LEIA COM ATENÇÃO

 

1 – Você está deprimida(o) porque quer!

Um dos grandes mitos da depressão é o fato de as pessoas não admitirem que os seus entes queridos — esposa, marido ou filhos — tenham esta doença, pois, a todo momento dizem ao deprimido:

“Você tem de tudo, tem marido (esposa), tem filhos que adoram você, tem uma boa situação financeira, uma bela casa etc. Você está deprimido(a) porque quer!”.

Até parece que o(a) deprimido(a) está querendo ficar na situação horrível de não sair de casa, não tomar banho, não se alimentar, querer morrer. Sempre digo: a depressão é classificada pelas sociedades de psiquiatria do mundo todo como uma das doenças mentais, mas, o deprimido não é UM RETARDADO MENTAL que quer passar por todo esse sofrimento.

 2 – Você é forte! Depressão é coisa de gente fraca! Nossa gente é forte! Você pode sair da depressão com a sua força interior!”.

Jamais digam isso para uma pessoa deprimida! Ela não tem forças para sair do quadro sozinha, pois faltam-lhe substâncias importantes no metabolismo cerebral, como a noradrenalina e a serotonina!

 3 – Você está com depressão por ter muitos pecados sem confissão!

Evidentemente que uma boa confissão pode libertar as pessoas de muitas culpas, mas, isso não quer dizer que todas as pessoas deprimidas são pecadoras. Não se esqueça que existem muitas razões clínicas para a depressão, como o hipotireoidismo, doença de Alzheimer, Parkinson e como sequela de Acidente Vascular Encefálico.

 4 – Depressão significa falta de fé!

Muitos cristãos acreditam que estão deprimidos por estarem enfraquecidos na sua fé. Eles acreditam que por estarem sem vontade de rezar, de comparecer aos cultos religiosos, de ler a Bíblia Sagrada estão com a fé enfraquecida. Eles não sabem que por estarem com alterações importantes na bioquímica cerebral é que estão sem a mínima disposição para suas práticas religiosas.

 5 – Depressão é um castigo de Deus pelos pecados cometidos!

Essa é uma grande bobagem que às vezes ouço de cristãos mal informados, pois NUNCA Deus nos pune com doenças ou desgraças, por mais pecadores que sejamos. As doença

s são fruto da nossa existência, da nossa humanidade.

 6 – Vamos sair, passear, nada melhor que um shopping para curar essa depressão!

Grande engano esse! Se você pensa que uma compra ou a satisfação de um desejo material você está sendo totalmente reducionista, pois imagina que o ser humano se resume somente a matéria. Na depressão as pessoas sentem falta de serotonina, que é um neurotransmissor que controla as nossas emoções e nos dá força e vontade para viver. De nada adianta você forçar o(a) deprimida(o) a sair de casa e passear, pois a pessoa não tem forças para tal. Às vezes, a pessoa deprimida até concorda em sair, apenas para satisfazer a vontade de quem a convidou, mas, às vezes, ela passa mal durante o passeio, tornando-o mais curto, pois pede para voltar para casa. Sendo assim, não insista com a pessoa para sair sem vontade! Faça melhor, fique ao seu lado, mesmo que em silêncio, pedindo a Deus a cure da depressão.

 7 – Não acredito que você vá se matar! Quem morre na véspera é peru!

Como a pessoa deprimida julga-se um peso para os familiares e amigos, ou mesmo acha que a sua doença não tem solução, ela pode invocar a morte como forma de aliviá-la do sofrimento. O suicídio é muito frequente entre as pessoas deprimidas, e sempre que há uma ameaça devemos ficar muito atentos, pois o suicida arquiteta um plano para se suicidar, isto é, pensa, programa e organiza a sua morte. Nessas circunstâncias, não acredite no que o dito popular fala: peru é que morre na véspera! Corra e leve a pessoa deprimida a um psiquiatra.

FONTE: Savioli. RM- Depressão – Um Sinal de Esperança- Edições Loyola

Médicos em chamas!!!!

Uma pesquisa recente , realizada nos Estados Unidos,entrevistando 15 mil médicos, mostrou que 42% dos deles tem BURNOUT, isto é , estão estressados, desgostosos com a profissão, cansados , ou seja,estão “queimando por dentro”.  Quinze por cento deles ,relataram sentir-se deprimidos

Aqueles que relataram estarem felizes no trabalho eram oftalmologistas, ortopedistas, cirurgiões plásticos e patologistas. Os mais infelizes eram endocrinologistas, especialistas em medicina de família, intensivistas, clínicos gerais e cardiologistas.

Burnout foi mais frequente em intensivistas (48%), neurologistas (48%) e médicos de família (47%), já os cirugiões plásticos foram os que declararam menor incidência da síndrome( 23%).

As mulheres apresentaram maior tendência a doença, assim como os médicos de meia idade ( 45-54 anos). Para aqueles que disseram sentir-se deprimidos, o trabalho foi o maior fator contribuinte, seguido pelas finanças. A preocupação com a saúde foi o fator menos importante na relação com a depressão.

A formas mais frequentes para enfrentar o Burnout foram a prática regular de atividade física e a partilha com a família e amigos ,das dificuldades e amarguras do trabalho.Alguns médicos reduziam o estresse se isolando e dormindo , outros ouvindo música ou ainda descarregando suas lamúrias na comida não saudável ( junk food). 3% dos médicos referiram usar medicamentos ou mesmo a maconha para reduzir o estresse.

Esse estudo é muito interessante e vem reforçar um aspecto que sempre digo e escrevo: a medicina atual, repleta de protocolos , engessou de tal forma o médico, que as vezes, não passamos de meros robots, que seguem a risca os guide lines definidos pela comunidade cientifica. Isso nos torna infelizes, pois desaparece o fator mais importante da profissão médica: A ARTE DE CURAR. O Burnout, a depressão são efetivamente o preço que pagamos por essa modernidade.

Uma da formas que sempre recomendo aos colegas que me procuram por estarem na situação dessa pesquisa, é , além da prática de atividade física, nutrição saudável, terapia medicamentosa e auxílio psicológico, cultivar a espiritualidade. Um encontro consigo mesmo, uma relação concreta e honesta com o Criador é um dos grandes segredos para vencer o Burnout e a Depressão!M

 

como-lidar-com-o-estresse-no-trabalho O estresse no trabalho é uma realidade que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro. Mas, como lidar com ele?

 

1- Planejamento

Praticar gestão do tempo é fundamental para diminuir o estresse no local de trabalho. Recomenda-se iniciar projetos muito à frente dos prazos para evitar as correrias de última hora, o que torna o ambiente muito estressante.

Sempre faça um cronograma de seus trabalhos para que você possa gerenciar melhor suas próprias expectativas e as dos seus colegas.

Evite o estresse de estar atrasado para reuniões, definindo o seu relógio de cinco a 10 minutos à frente.

2-Concentrar em uma coisa de cada vez

Deixe sempre sua mesa organizada, tente fazer uma coisa de cada vez e não inicie outra sem terminar a que está fazendo.

Seja sempre pontual quando começar fazer algo, por exemplo, quando estiver respondendo e-mail mantenha-se sempre focada no assunto que iniciou o processo. Tente não mudar de assunto quando estiver respondendo e-mails e note a prioridade da resposta.  É sempre interessante determinar o período de tempo que você vai estar respondendo e-mails, após isso, feche o “e- mail” mesmo sem ter respondido tudo.

Organizar sua mesa, terminar um relatório de foco em realizar uma coisa de cada vez. Isso ajuda a minimizar o estresse, permitindo-lhe focar no assunto a ser resolvido.

3- Dar um tempo

Todos nós precisamos de construir em períodos de descanso durante o dia. Almoços de negócios ou de trabalho são extremamente contra indicados quando se quer minimizar o estresse. Aproveite para sair da sua sala na hora do almoço e tome sua refeição fora do local de trabalho e principalmente não falando de assuntos de trabalho.

4- Ajuste as suas expectativas

Crie metas que sejam plausíveis de serem cumpridas. Deixe sua roupa de Super – herói no armário e nunca leve trabalho para casa. Se você não consegue atender as expectativas no local de trabalho algo está errado com seu planejamento. Repense sobres suas metas e planos

5- Pílulas de emergência contra o estresse do trabalho

– Conte até 10 antes de falar.

– Realize de 3 a 5 respirações profundas.

– Pedir tempo para lidar com uma situação estressante, para que possa realizá-lo ao seu gosto e em seus termos.

– Ir para uma caminhada.

– Não tenha medo de dizer: “Sinto muito,” se você cometer um erro.