Essa pergunta é rotineira em clínica, visto que  existem muitos tabus sobre o uso das estatinas, principalmente  quando se acreditam em informações , nem sempre corretas, obtidas pelo Dr. Google, muitas vezes carentes de evidências científicas, sendo apenas opiniões individuais , sem algum caráter científico. Recentemente foi publicado um artigo, muito difundido pela mídia leiga, tirando toda a importância do colesterol na gênese do infarto do miocárdio e do AVC. Esse artigo , no entanto, sofreu muitas críticas por parte de grande parte da comunidade científica, visto que carecia de uma metodologia científica apurada. Desse modo, devemos nos ater ao que REALMENTE  o mundo científico diz com propriedade: O colesterol elevado no sangue é um dos mais importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

Você tem que tomar as estatinas para prevenir a doença cardiovascular, que é a maior responsável pelas mortes no mundo todo. Indivíduos com colesterol elevado tem maior chance de ter um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral, do que indivíduos normais, conforme estudos vastamente conhecidos pela classe médica bem informada.

Existem regras a serem observadas no momento de se prescrever uma estatina para um paciente, visto que tal medicação causa uma série de efeitos indesejáveis, como dores musculares, sintomas gástricos,  que podem ser administrados ou minimizados com táticas terapêuticas corretas.

Dessa forma,segundo as orientacoes do American Heart Assotiation devemos prescrever as estatinas para:

  • pacientes com doenca cardiovascular clinica ( ja tiveram infarto, angina, AVC, ou com sinais de aterosclerose nos exames)
  • indivíduos com LDL-C maior do que  190 mg/dl
  •  pacientes de 45 a 75 anos com diabetes e LDL colesterol  entre 70 a  189 mg/dl ,  sem doenca cardiovascular clinica;
  • pacientesde 45 a  75 anos com LDL de 70 a 189 mg/dl com risco cardiovascular estimado igual ou maior do que  7,5%

FONTE- STONE, HJ- 2013 – ACC/AHA- Blood Cholesterol Guideline

colesterol-saiba-tudo-sobre-ele-1-567  

 

 

 

 

Novas orientações para o tratamento do colesterol

 

Muito se falou na mídia leiga sobre o tratamento do aumento do colesterol no sangue. Cheguei até ver no youtube e a ler em um grande jornal de SP, entrevistas sem quaisquer base científica, que causaram muitas dúvidas na população geral sobre o uso das estatinas. Lamento muito a conduta desses profissionais a respeito desse assunto , que é muito sério , visto que a doença cardiovascular é a maior causadora de mortes no mundo todo e o aumento do colesterol é a principal  causa do infarto do miocárdio(IM) e do acidente vascular cerebral(AVC).

É mais do que conhecida a importância  das estatinas na redução do colesterol do sangue e da incidência de AVC e do  IM. Em novembro de 2013, a Associação Medica Americana publicou um novo paradigma para tratamento das dislipidemias, ou seja do aumento das gorduras no sangue como o colesterol , triglicérides etc, que faço questão de publicar neste blog, para que desapareçam todos os efeitos deletérios dessa onda de informações errôneas divulgadas pela mídia leiga.

Existem quatro grupos que devem ser tratados com estatinas, segundo o consenso da AHA( American Heart Association), para prevenção primaria( naqueles que nunca tiveram nenhuma doença cardiovascular) e secundaria( naqueles que já tiveram a doença). Esses grupos de pacientes são:

1- Indivíduos com doença cardiovascular aterosclerótica clinica;
2- Indivíduos com níveis de LDL colesterol acima de 190 mg/dl

3- Diabéticos com idades entre 40-75 anos com níveis de LDL colesterol entre 70 – 189 mg/dl e sem evidencias de aterosclerose clinica;

4- Indivíduos sem doença cardiovascular ou diabetes que tenham LDL colesterol entre 70 – 189 mg/dl e com risco cardiovascular em 10 anos maior do que 7,5%

Nos indivíduos com doença aterosclerótica  sugere -se doses altas de estatina, como rosuvastatina 20 a 40 mg ou atorvastatina de 80 mg, com o objetivo de reduzir os níveis de colesterol em 50%.

Saiba mais detalhes sobre esse assunto através do meu livro “Um coração saudável”.

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corsaudavel