Mais de um bilhão de pessoas, atualmente, correm o risco de deficiência de vitamina D em todo o mundo. Essa ocorrência exagerada de hipovitaminose D pode ser atribuída, principalmente, à diminuição exposição à luz solar (por exemplo, atividades ao ar livre reduzidas e poluição do ar), que é necessária para a produção de vitamina D induzida por raios ultravioletas (UV) na pele.
Os níveis de radiação UV diminuem com o aumento da distância do equador da Terra durante os meses de inverno. Os negros absorvem mais UV na melanina da pele do que os brancos; portanto, os negros requerem mais exposição solar para produzir as mesmas quantidades de vitamina D.
Riscos da deficiência da vitamina D
Além dos problemas musculoesqueléticos, a deficiência de vitamina D tem sido associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares, especialmente hipertensão.
A vitamina D (cerca de 80%) é sintetizada na pele a partir do 7-desidrocolesterol por meio da radiação ultravioleta B (UV). Cerca de 20% da vitamina D do sangue vem de fontes alimentares, como peixes oleosos, gemas de ovos, leite fortificado, cereais, suco e iogurte.
A vitamina D da pele, dieta ou suplementos orais incluindo vitamina D2 e vitamina D3 são metabolizados no fígado em 25-hidroxivitamina D(25(OH)D. 25 (OH) D é o principal metabólito circulante da vitamina D, e tem sido amplamente aceito como o marcador mais confiável para determinar o status da vitamina D, isto é, é o melhor exame laboratorial para se determinar os níveis da Vitamina D no organismo.
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Receptores de vitamina D
Os receptores da vitamina D estão expressos em muitos outros tipos de células do nosso organismo, como no intestino delgado, nas glândulas paratireoides e nos rins, além de estarem também no sistema cardiovascular, no músculo esquelético e no sistema imunológico.
A deficiência de vitamina D também foi fortemente correlacionada com doença arterial coronariana, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e morte. Deve-se salientar, no entanto, que não existem ainda evidencias científicas que comprovem ser a suplementação da vitamina D uma ferramenta terapêutica eficaz na redução da ocorrência das doenças cardiovasculares.
Os dados observacionais do Health Professionals Followup Study (613 homens) e do Nurses Health Study (1.198 mulheres) encontraram níveis baixos de vitamina D associados a maior risco de incidência de hipertensão em 4-8 anos. Outro estudo, em 41.504 pacientes, demonstrou que a deficiência de vitamina D (<30 ng / mL) estava associada a aumentos altamente significativos na prevalência de hipertensão e fatores de risco cardíaco associados como diabetes, hiperlipidemia e doença vascular periférica.