Porque tenho pressão alta?

Os fatores causadores da hipertensão arterial da maioria dos hipertensos, da chamada hipertensão primária, são pouco conhecidos, mas acredita-se que existam numerosos fatores genéticos e ambientais envolvidos nesse processo.

Embora a etiologia exata da hipertensão primária não seja clara, vários fatores de risco estão forte e independentemente associados ao seu desenvolvimento, incluindo:

  • Idade – A idade avançada está associada ao aumento da pressão arterial, particularmente a pressão arterial sistólica, e uma maior incidência de hipertensão arterial.
  • Obesidade – Obesidade e ganho de peso são fatores de risco importantes para a hipertensão e também são determinantes do aumento da pressão arterial comumente observado com o envelhecimento
  • História familiar – A hipertensão é cerca de duas vezes mais comum em indivíduos que têm um ou dois pais hipertensos e vários estudos epidemiológicos sugerem que os fatores genéticos representam aproximadamente 30% da variação da pressão arterial em várias populações
  • Raça – A hipertensão tende a ser mais comum, ser mais grave, ocorrer mais cedo na vida e ser associada a maiores danos nos órgãos-alvo em negros.
  • Dieta com alto teor de sódio – O excesso de ingestão de sódio (por exemplo,> 3000 mg / dia) aumenta o risco de hipertensão e a restrição de sódio diminui a pressão arterial
  • Consumo excessivo de álcool – O consumo excessivo de álcool está associado ao desenvolvimento de hipertensão arterial.
  • Inatividade física – A inatividade física aumenta o risco de hipertensão e o exercício é um meio efetivo de baixar a pressão arterial
  • Diabetes e dislipidemia – A presença de outros fatores de risco cardiovascular, incluindo diabetes e aumento do colesterol e triglicerides no sangue, parece estar associada a um risco aumentado de desenvolver hipertensão .
  • Traços de personalidade e depressão – A hipertensão pode ser mais comum entre aqueles com certos traços de personalidade, como atitudes hostis e urgência / impaciência no tempo , bem como entre aqueles com depressão.

   CAUSAS SECUNDÁRIAS OU CONTRIBUTIVAS DE HIPERTENSÃO –

As principais causas da hipertensão secundária incluem:

  • Medicamentos de prescrição:
  • Contraceptivos orais, particularmente aqueles que contêm doses mais elevadas de estrogênio, que muitas vezes podem aumentar a pressão arterial dentro do intervalo normal, mas também podem induzir hipertensão arterial
  • Antiinflamatórios não esteróides, particularmente uso crônico
  • Antidepressivos, incluindo antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação da serotonina
  • Glucocorticóides
  • Decongestionantes nasais, como pseudoefedrina
  • Medicamentos para perda de peso
  • Eritropoietina
  • Ciclosporina
  • Estimulantes, incluindo metilfenidato e anfetaminas
  • Uso ilícito de drogas – Drogas como metanfetaminas e cocaína podem aumentar a pressão arterial.
  • Doença renal primária – A doença renal aguda e crônica, particularmente com distúrbios glomerulares ou vasculares, pode levar à hipertensão.
  • Aldosteronismo primário –
  • Hipertensão Renovascular –Doença Renovascular é um transtorno relativamente comum. A hipertensão renovascular é mais frequentemente decorrente de displasia fibromuscular em pacientes mais jovens e mais frequentemente devido a aterosclerose em pacientes mais velhos. Em idosos com hipertensao resistente ao tratamento , é sempre bom ter em mente a possibilidade da existencia de obstrucoes da arteria renal por conta da ateroesclerose, daí a importancia da realizacao de exames diagnosticos como o Doppler e Ultrassom das artérias renais para confirmar essa hipótese.Apneia obstrutiva do sono – A respiração desordenada durante o sono parece ser um fator de risco independente para hipertensão sistêmica. Temos observado com muita frequencia que durante a realizacao do exame de monitorizacao da pressao arterial ( MAPA), a ausencia de reducao da pressao arterial durante o sono , está associado a algum grau de disturbio do sono.
  • Feocromocitoma – O feocromocitoma é um tumor de uma glandula localizada em cima dos rins, as glandulas suprarenais, que é uma causa rara de hipertensão secundária. Cerca de metade dos pacientes com feocromocitoma tem hipertensão paroxística;ou seja, tem crises de aumento da pressao, vermelhidao, sudorese quente e mal estar. O restante tem o que parece ser hipertensão primária.
  • Síndrome de Cushing – A síndrome de Cushing é uma causa rara de hipertensão secundária, mas a hipertensão é uma das principais causas de morbidade e morte em pacientes com síndrome de Cushing.
  • Outros distúrbios endócrinos – Hipotireoidismo, hipertireoidismo e hiperparatiroidismo também podem induzir hipertensão arterial.Coartação da aorta – A coarctação da aorta é uma alteracao congenital da arteria aorta sendo uma das principais causas de hipertensão secundária em crianças pequenas, mas também pode ser diagnosticado na idade adulta

diabetes

 

 

 

 

 

 

Diabetes melito  é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina para exercer adequadamente suas ações. Caracteriza-se por excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia crônica), com alterações no metabolismo de açucares (carboidratos), gorduras (lipídeos) e proteínas. Representa um grupo de distúrbios metabólicos nos quais existe uma menor utilização de glicose, induzindo a hiperglicemia. A insulina é a principal responsável pelo aproveitamento e metabolização da glicose pelas células do nosso organismo, com finalidade de gerar energia. É produzida pelo pâncreas e sua falta ou ação deficiente acarreta modificações importantes no metabolismo das proteínas, das gorduras, dos sais minerais, da água corporal e principalmente da glicose.

O diabetes melito é um dos mais importantes problemas de saúde pública do mundo, principalmente em países em desenvolvimento. No Brasil, calcula-se que existam 5 milhões de diabéticos, dos quais a metade não sabe que tem a doença. De acordo com dados governamentais, 7,6% da população brasileira, com idades entre 30 e 69 anos é portadora de diabetes tipo 2. O aumento de casos de diabetes no Brasil deve-se a fatores como a urbanização e a industrialização, o aumento do sedentarismo, o aumento do número de obesos e da expectativa de vida da população em geral, além da maior sobrevida dos pacientes diabéticos.

O risco de mortalidade por doença aterosclerótica nos portadores de diabetes chega a ser 2,5 maior em homens e quatro vezes maior em mulheres, quando comparados com não diabéticos. O processo aterosclerótico manifesta-se de forma mais agressiva nos diabéticos, de modo que o grau de comprometimento das artérias é  muito maior do que para os não diabéticos. O diabético com infarto do miocárdio tem maior chance de morrer durante a sua internação do que o não diabético. Os portadores da síndrome têm maior chance de ter o infarto silencioso, isto é, infarto sem sentir dor, situação que é muito perigosa pois retarda o tratamento do problema e ocasiona piora do prognóstico do paciente.

Em um estudo realizado na população  de São Paulo, em 2005, demonstrou-se que os diabéticos do sexo masculino têm 2 vezes mais chance de desenvolver infarto do miocárdio do que os não diabéticos. Já para as mulheres diabéticas o risco é  mais elevado: três vezes mais chance de ter infarto do miocárdio do que as não diabéticas.

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