Não existe idade para se começar a praticar atividade física.

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Toda a comunidade cientifica admite o efeito positivo da atividade física na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento, os cientistas enfatizam cada vez mais que exercícios físicos façam parte nos programas mundiais  de promoção de saúde.

A relação exercícios físicos e longevidade tem sido objeto de muitas pesquisas em todo o mundo. Estudos feitos com alunos da Universidade de Harvard, onde foram acompanhados mais de 16000 ex alunos por mais de 22 anos demonstraram que os que começaram a praticar esportes experimentaram um índice 21% menor de morte do que aqueles que eram habitualmente sedentários. Nesse mesmo grupo foi verificado que quanto maior era a intensidade do exercício físico, menor a mortalidade.

Estudo similar  com 13.000 homens e mulheres , acompanhados por oito anos mostraram uma relação inversa , forte e consistente entre aptidão física e mortalidade. Uma revisão de 37 estudos revelou que mulheres envolvidas em atividade física moderada , de pelo menos 30 minutos diários, tem taxas de mortalidade  diminuída.

Em mais de 39000 mulheres profissionais de saúde que praticavam exercícios físicos leves e moderados havia menores taxas de mortalidade cardiovascular.Pelo menos uma hora de caminhada diária foi associada com risco menor, mesmo em mulheres que  tinham sobrepeso, colesterol elevado e fumantes.

Em estudo realizado com mais de 40.000 mulheres pós menopausa seguidas por sete anos, mostraram que aquelas que praticavam atividade física regular tinha 30% a menos de mortalidade do que as sedentárias.

Existem varias revisões na literatura medica demonstrando a associação entre inatividade física e risco de doenças cardiovasculares. Alguns estudos revelam que indivíduos sem atividade física tem o dobro de chance de desenvolver doenças cardiovasculares.

A possibilidade de ocorrência de acidente vascular cerebral( AVC) também diminui com a pratica regular de exercícios físicos.Existe um estudo com mais de 72000 enfermeiras de 40 a 65 anos , que foram acompanhadas por oito anos que comprova esse dado.

Com base nesses estudos é importante entender que tanto em homens como em mulheres  reduz as taxas de mortalidade, principalmente por doenças cardiovasculares. A pratica de atividade física regular durante o processo de envelhecimento, especialmente após os 50 anos de idade, mesmo que o individuo nunca tenha feito exercícios físicos produz impacto real na saúde e na longevidade.

No meu livro Envelhecer com Deus falo mais sobre esse assunto.

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Como praticar a atividade física?

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É imprescindível a avaliação  cardiológica  em todo individuo com mais de 50 anos que queira começar um programa de treinamento. Além do teste ergométrico convencional é importante o clinico analisar as condições ortopédicas do paciente para recomendar o exercício correto. O mesmo vale para os portadores de labirintopatias crônicas, patologia muito encontrada na velhice.

Na nova proposta internacional a atividade física deve ser feita na maioria dos dias da semana( cinco dias), de preferência diariamente , por pelo menos 30 minutos, de forma continua ou acumulada( em sessões de no minimo dez minutos) e de intensidade moderada. Devem ser evitadas altas intensidades de exercício e nunca com o propósito de atingir a exaustão física.

É recomendado aos indivíduos sedentários a prescrição de atividades de baixo impacto como a caminhada, pedalar na bicicleta, natação, hidroginástica, subida de escadas e a dança. Devem ser evitadas as atividades de alto impacto como corridas, esportes que envolvam saltos, como o vôlei, basquete, pular corda e a dança aeróbica que podem acarretar lesões osteo musculares, muito freqüentes nessa fase da vida.

A caminhada é a  atividade física ideal para os idosos, pois resulta em enormes benefícios para o organismo, por ser uma atividade que pode ser feita em qualquer local, a qualquer hora, contribui para o relacionamento social, envolve grandes grupos musculares e não custa absolutamente nada.

A hidroginástica é também de enorme valia,principalmente nas situações onde há limitação da mobilidade articular, dificuldade em sustentar o peso corporal , dor lombar ou osteoporose.

A perda de massa muscular tem sido relacionada a alguns riscos a saúde do idoso como : intolerância a glicose, baixa taxa metabólica de repouso, disfunção imune, diminuição da velocidade de andar e dependência funcional.Assim, o treinamento especifico da força muscular, com pesos, é a  principal  estratégia  para prevenir, controlar  ou reabilitar o individuo.

No meu livro “Envelhecer com Deus”da Edições Loyola você poderá encontrar detalhes sobre o assunto.

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Envelhecer é administrar perdas

No útero materno, ao nascermos perdemos toda a segurança, o calor, a tranqüilidade do seio maternal. Com o passar dos anos sempre vamos deixando para trás experiências boas ou más, os filhos crescem e  os perdemos para o mundo. Por maior que seja o orgulho e a satisfação da vitória de um filho, sempre a sua ausência causara a sensação de perda.

Os filhos se vão, os netos vem, mas continuamos a envelhecer, continuamos a perder. A mãe dedicada que viveu toda a sua vida em função dos filhos esquecendo-se por muitas vezes do marido e de si mesma , repentinamente vê a sua casa e o que é pior , a sua vida  vazia.De repente, com o casamento dos filhos e a sua normal independência ,  sente-se  vazia por dentro, como se tivessem tirado algo de das suas entranhas.

A vida longe dos filhos, ao lado de um marido que as vezes nem conheceu direito, embora tenha convivido por muitos anos , se torna sem sentido , sem esperança e sem expectativa do amanhã. Nessa rotina traumática, ela vai  se entregando cada vez mais ao seu infortúnio , preenchendo cada vez mais o seu vazio com a depressão e com elas  todas as doenças que a acompanham, como o infarto, o derrame, o câncer  culminando com  a morte.

O homem, arrimo de família, chefe de uma prole, voz forte e dominadora no contexto familiar, de repente percebe-se perdendo toda essa posição. Sobrevive aos interpéries da vida, as perdas financeiras, as perdas familiares, a perda de posição social e a perda da sua saúde. Aquele homem forte, rude, dominador, de repente se torna frágil, fraco, doente e dependente de outrem para realizar as mínimas funções diárias. È triste ouvir as queixas de pacientes que de cabeças de proles chegam a depender dos filhos ( quando os tem presentes) para uma simples higiene intima:Desculpe-me pela frieza realística que dei a essa situação, mas infelizmente, na grande maioria das pessoas ela é verdadeira e impossível de modifica-la, pois a velhice com todas as suas perdas é inexorável.     Nesta situação, a única coisa que podemos modificar é o final da historia, pois o vazio existencial sempre vai existir, mas podemos mudar o rumo de tudo, preenchendo o nosso interior com Deus.  A partir do momento que encontramos o Senhor, isto é, quando realmente colocamos Deus como única e exclusiva direção da nossa vida, o nosso coração ficará cheio de esperança, repleto de expectativas de um mundo melhor, de um resto de vida feliz, com a certeza de um mundo muito melhor, ao lado de Deus.

Por essas razoes que a busca do sagrado se torna algo essencial durante o envelhecimento, não pelo fato de estar se aproximando  a hora da morte, mas sim para preencher as lacunas que as perdas da vida nos deixaram. É na velhice que temos a ultima chance de nos encontrarmos com Deus.

Trecho do meu novo livro ” Envelhecer com Deus” Edições Loyola- São Paulo – 2012.