A depressão e a ansiedade coexistem em muitas situações. Dois terços das pessoas com ansiedade também sofrem de depressão, e cinquenta e oito por cento dos deprimidos têm perturbações de ansiedade.
Esta combinação é tão comum, que, atualmente, alguns autores a consideram uma nova doença: a ansiedade depressiva (AD) ou depressão ansiosa.
Muitos cientistas acreditam que a ansiedade e a depressão, embora se manifestem de forma diferente, têm as mesmas anormalidades no sistema de neurotransmissão de impulso nervoso.
Mais frequente em mulheres, a ansiedade depressiva pode ser desencadeada por traumas ou abusos na infância, dificuldades na escola, perda ou separação de parentes, problemas financeiros e abuso no consumo de substâncias.
A base para o diagnóstico desta doença é o estabelecimento da associação de sintomas depressivos com sintomas de estados ansiosos. O indivíduo passa a apresentar uma angústia intensa, não consegue estar quieto, caminha de um lado para outro, desespera-se. Estes são os sintomas ansiosos mais comuns.
Associam-se a estes os sintomas orgânicos verificados nos estados ansiosos, como tremores, cansaço, sensação de falta de ar ou de asfixia, palpitações ou coração acelerado, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, vertigens, ânsia de vómitos, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, micção frequente, dificuldade em engolir, sensação de «bolo na garganta», entre outros.
As manifestações depressivas mais frequentes são tristeza excessiva, melancolia, choro fácil ou frequente, apatia e indiferença, sensação de falta de emoções, tédio, aborrecimento crónico, desespero, maior irritabilidade, especialmente em situações triviais que não costumam incomodar as pessoas (por exemplo, ruídos, vozes).
Associam-se aos sintomas depressivos acima descritos muitos outros, como desânimo, perda de vontade, insónia ou sono excessivo, redução ou aumento do apetite, redução do apetite sexual, diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou ausência de orgasmo), incapacidade de obter prazer em várias esferas da vida. Também surgem concepções negativas, pessimismo em relação a tudo, ideias de arrependimento e culpa, cogitações sobre mágoas passadas, ideias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre.
Nota-se prejuízo nas atividades quotidianas, devido principalmente ao défice de atenção e concentração, à redução da capacidade de memória, à dificuldade em tomar decisões, aos sentimentos de baixa autoestima, insuficiência, incapacidade, vergonha e autodepreciação.
Se você se encontra numa das situações acima, procure imediatamente um médico para que lhe dê a medicação correta a fim de controlar os sintomas. Além disso, é muito importante cuidar da sua espiritualidade, ou seja, recorrer a Deus nesses momentos de muito sofrimento, pois é na noite escura que encontramos a luz do Senhor. Recomendo a leitura e a prática da NOVENA PARA O ENFRENTAMENTO DA ANSIEDADE E DA DEPRESSÃO da Editora Canção Nova. Faça esse desafio!!