O passado não pode nos impedir de amar de novo

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em:
Isaías 43,16-19.

Luzia Santiago e Márcio Mendes
Foto: Wesley Almeida

Deus é aquele que abre os caminhos. O Senhor tem também Seus atalhos, Ele sabe como nos fazer recuperar o tempo que, por nossa culpa, perdemos. Ele tem sabedoria suficiente para fazer isso, pois é o Senhor do tempo. E nos diz nesta manhã: Eis o que diz aquele que abre os caminhos: “Não deveis ficar lembrando as coisas do passado” (Isaías 43, 18a).

O Senhor quer levar-nos por uma estrada de felicidade, de alegria perene e nos diz uma coisa importantíssima: “Não deveis ficar lembrando as coisas do passado”. É claro que a Palavra de Deus está se referindo às coisas ruins, difíceis, que feriram a nossa alma, nosso coração, e também àquelas que eram desvios e pecados e vícios que tínhamos e aos quais éramos apegados. Por isso, não é preciso ter saudade das coisas do passado.

O que é recordar? É trazer de novo ao coração. Quantas vezes nós não vivemos o presente, porque ficamos sempre trazendo as coisas passadas ao nosso coração. Quantas pessoas se tornaram infelizes porque se fecharam no seu passado.

O seu passado não pode ser uma prisão para você, o lugar em que você ficou trancafiado, um quarto escuro onde você se refugia. Quantas pessoas perderam a oportunidade de ser alegres e de viver porque fizeram de suas más lembranças e de suas dores o seu apego, ficaram escravizadas e, dessa forma, não conseguiram deixar para trás as coisas que não existem mais. O que passou, só existe na sua lembrança e o que passou não volta mais.

O nosso passado precisa ser uma força a nos impulsionar para frente. Precisamos olhar para trás e ver as coisas boas, o que nós aprendemos e colher sabedoria da nossa história e aprender com os erros cometidos para não mais repeti-los. E também aprender com os acertos do nosso passado para que possamos ser melhores hoje, mas jamais nos deixarmos amarrar pelas lembranças e, por isso, não avançar na vida. Chega de ficar parado!

Nós precisamos nos libertar daquilo que nos prende na nossa história, ela não pode ser para nós uma cadeia, porque depois dos erros que cometemos, a amargura é o pior mal. Porque uma pessoa triste é a tristeza em pessoa. Você não foi feito para a tristeza, esse mal não cai bem em você!

Precisamos lavar o nosso passado com o perdão; e lavar não é jogar fora. Mas é lavá-lo para seguirmos adiante. Nós não podemos deixar as paixões do passado nos impedirem de abrir o coração para o amor. Não adianta investir em um relacionamento se o nosso coração está fechado naquela experiência negativa. Está na hora de abrir o coração para o amor novamente e se abrir a um relacionamento que vai construir você. Mas não conseguiremos abrir o coração se não perdoarmos.

O único jeito de abrir o coração para um amor na nossa vida é lavando na misericórdia de Deus tudo o que nos aconteceu, perdoando aquela pessoa que entrou na nossa vida, aquela pessoa que amamos, com quem sonhamos um futuro, e que, de repente, partiu e nos deixou sozinhos com nossos sonhos.

Nós não podemos deixar que a traição nos deixe desconfiados de todos, não é porque uma pessoa nos traiu que todas vão fazer o mesmo. Agora quando somos traídos nós também aprendemos que o ser o humano é falho, aprendemos que a fidelidade precisa ser construída passo a passo e que ensinamos o outro a ser fiel sendo fiéis primeiro.

Agora vamos esperar o casamento para ensinar fidelidade? É para isso que existe namoro. É por isso que tantas pessoas estão colhendo frutos amargos dentro de um relacionamento infeliz, porque infelizmente não sabemos mais respeitar o tempo e os processos. O namoro é o tempo de plantar fidelidade.

Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova