Ana Lígia Lira e “O Diário do Silêncio”

Em entrevista exclusiva, Ana Lígia Lira fala sobre nova edição do seu livro “O Diário do Silêncio” e sobre as aparições de Nossa Senhora em Pernambuco.

Neste artigo, temos uma entrevista com Ana Lígia Lira da Silva, pesquisadora e escritora, autora do livro “O Diário do Silêncio”. Ana Lígia é formada em Comunicação. Biografa conceituada, com livros lançados em 10 países e traduzidos para 4 idiomas, ela é autora dos livros: “Sangue, Suor e Riqueza”, “O Capitão dos Índios”, “Amissa – Uma história sobre tráfico humano”, “Um Brasileiro na SWAT”, “A noite Escura da Alma” e “O Diário do Silêncio”[1],

Em entrevista exclusiva, Ana Lígia Lira fala sobre nova edição do seu livro “O Diário do Silêncio” e sobre as aparições de Nossa Senhora em Pernambuco.

Ana Lígia Lira

A principal característica literária de Ana Lígia é a propriedade de unir a pesquisa com a literatura, apresentando livros com uma rara característica, que prende o leitor da primeira até a última página. “Elogiada por jornais como O Diário da Manhã (Portugal) e O Clarin (Argentina) é tida como uma das mais eminentes jovens escritoras brasileiras”[2]. Ana Lígia Lira desenvolveu também uma pesquisa de cunho religioso durante três anos, para então escrever o livro “O Diário do Silêncio”, que conta a história de Irmã Adélia, uma das videntes das aparições de Nossa Senhora das Graças no Sítio Guarda, na localidade de Cimbres, que fica na cidade de Pesqueira, no estado de Pernambuco.

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Todo de Maria: Por que escolheu o título “O Diário do Silêncio” para o seu livro?

Ana Lígia Lira: As aparições de Cimbres, ocorridas em 1936/1937, foram testemunhadas por duas meninas e investigadas por um Sacerdote a pedido do Senhor Bispo. Muitas perseguições ocorreram, como é comum neste tipo de evento mariológico. O Sacerdote que fez a investigação, Padre Kherle, um homem extremamente culto e preparado, convenceu-se que tudo ali era verdade e, por ter sido ele a ter esta honra e não outros, iniciaram-se as intrigas. Uma das duas videntes decidiu ser freira. Para que ambos conseguissem viver suas vidas religiosas na humildade que precisavam e sem tantas intrigas, resolveram fazer um voto de silêncio sobre o assunto. Voto que durou 50 anos e só foi quebrado quando a vidente que se tornou freira recebeu um sinal do céu de que deveria falar sobre estas aparições.

Todo de Maria: Sabemos que fez um longo trabalho de pesquisa antes de escrever o livro “O Diário do Silêncio”. Como sentiu-se inspirada a fazer esse trabalho de pesquisa para escrever o Livro?

Ana Lígia Lira: Eu sou pesquisadora por formação. Tenho outros livros também investigativos e biografias. Deparei-me com uma grande história que precisava ser revelada e foi surpreendente a quantidade de documentos e fatos que surgiram durante os três anos de pesquisa. Parecia que havia sido rompida uma represa. Tive o prazer de manusear verdadeiros tesouros como cartas trocadas entre as videntes e o seu inquisidor, o Padre Kherle. Tive acesso a diários, bilhetes e muita correspondência particular destes que, quem sabe um dia, terão as honras dos altares. Foi, e ainda está sendo, como descobrir um mundo paralelo ao nosso. Um mundo no qual eles viveram e onde as coisas do céu são muito comuns aqui na terra.

Em entrevista exclusiva, Ana Lígia Lira fala sobre nova edição do seu livro “O Diário do Silêncio” e sobre as aparições de Nossa Senhora em Pernambuco.

Irmã Adélia (Maria da Luz).

Todo de Maria: Qual foi a experiência que mais a marcou ao ter contato com a história das aparições de Nossa Senhora em Cimbres?

Ana Lígia Lira: É difícil escolher uma, mas eu diria que, concretamente, foi a descoberta do túmulo do Padre José Kherle e ter tido acesso ao seu atestado de óbito.

Eu já havia visto em um diário escrito por uma das videntes que, segundo uma conversa havida com Nossa Senhora, creio que no ano de 1943, havia sido revelado o seguinte: “O meu Sacerdote acordará no dia da Graça”. Esta era a forma como Nossa Senhora se referia ao Padre Kherle: “Meu Sacerdote”. Aliás, nestas supostas aparições de Cimbres (digo supostas porque ainda não houve confirmação absoluta por parte do Vaticano), Nossa Senhora demonstra um amor muito grande pelos Sacerdotes.

Fato é que a primeira aparição em Cimbres teria se dado no dia 06 de agosto de 1936. Quando encontrei o túmulo do Padre Kherle, estava lá escrito que ele havia falecido no dia 06 de agosto de 1978. Ou seja, na mesma data. Seria este então o dia da Graça?!

Para minha surpresa, no atestado de óbito do Padre, consta que ele morreu nos primeiros minutos do dia 06 de agosto, antes de 1 hora. Ou seja, ele só esperou esta data chegar.

Ele faleceu de causas naturais e, segundo as freiras que assistiram a sua morte, ele estava muito tranquilo, pediu para se confessar e disse ao seu confessor: “Estou pronto, daqui a uma hora estarei no céu”. Morreu realmente uma hora depois.

É muito esperançosa a palavra que Nossa Senhora teria usado para renomear a morte: “Acordar”. Um verdadeiro consolo para nós que já perdemos pessoas amadas na esperança da ressurreição.

Todo de Maria: Sabemos que foi lançada recentemente uma nova edição do livro “O Diário do Silêncio”. O que mudou na nova edição do Livro? O que podemos esperar ao ter contato com a nova edição dessa Obra?

Ana Lígia Lira: As edições anteriores estão esgotas há mais de um ano. Havia muitos pedidos por uma nova tiragem, mas da forma comercial não nos agradava fazer então optamos pelo financiamento coletivo. Esta edição disponível no site www.diariodosilencio.com.br provavelmente será a última deste título. Ela trás toda a pesquisa realizada, pareceres teológicos de vários estudiosos, relatos, dados históricos e detalhes que só se revelaram a muito custo. Será possível também aos leitores que adquirirem o box, receber os diários deixados pelo Padre José Kherle, a Irmã Adélia (uma das duas videntes) e o Frei Estevão Rottger (um grande personagem nesta história e testemunha ocular dos fatos) na íntegra e sem edições. Eu sou particularmente apaixonada pelo diário deixado pelo Frei Estevão. Parece que ele está do nosso lado contando como tudo aconteceu. O Diário dele é minha parte preferida.

A intenção de lançar o box é para provocar estudiosos e pesquisadores, pois há ainda muito a ser desvendado nesta história. O leitor poderá optar então em adquirir só o livro “O Diário do Silêncio” ou adquirir a coleção completa ou box.

Em entrevista exclusiva, Ana Lígia Lira fala sobre nova edição do seu livro “O Diário do Silêncio” e sobre as aparições de Nossa Senhora em Pernambuco.

“O Diário do Silêncio” e os três diários, de Padre Joseph Kherle, de Frei Estevão Rottger e de Maria da Luz (Irmã Adélia).

Todo de Maria: Qual é a sua mensagem para os nossos leitores a respeito das aparições de Nossa Senhora em Cimbres?

Ana Lígia Lira: Eu aprendi, com esta pesquisa, que é preciso sair da zona de conforto e, em vez de sermos só expectadores da história, sermos parte dela. Quantos católicos dariam a vida para participar de algo assim? De uma descoberta destas? De ler um material inédito como estes diários e ter a oportunidade de descobrir o que está escondido nas entrelinhas? São palavras de pessoas que viveram este grande milagre deste contato íntimo com Nossa Senhora ainda em vida e receberam mensagens que não compreendiam totalmente e deixaram documentadas para que nós tivéssemos a oportunidade de desvendá-las. Lançar este box é para nós a maior contribuição para que o pedido de Nossa Senhora seja aceito. Precisamos que os leitores visitem nosso site www.diariodosilencio.com.br, leiam tudo que preparamos com tanto carinho, adquiram o material e, se possível e se tocar o coração, divulguem.

A venda do livro e do box não tem fins lucrativos. O lucro, se houver, será revertido para entidades que lutam contra o aborto. Os nomes dessas entidades em breve serão divulgados.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Links relacionados:

DIÁRIO DO SILÊNCIO. Os livros.

TODO DE MARIA. Ano Mariano e reparação ao Imaculado Coração.

TODO DE MARIA. Nossa Senhora das Graças e o Comunismo.

Referências:


[1]  Cf. DIÁRIO DO SILÊNCIO. Sobre a autora.

[2]  Idem.

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