O Rosário inspira o amor

Papa Leão XIII ensina que o Rosário da Virgem Maria inspira o amor, a caridade cristã.

Papa Leão XIII ensina que o Rosário inspira o amorO Papa Leão XIII ensina que o Santo Rosário da Virgem Maria nos inspira a conformar as nossas vidas e os nossos costumes às normas e aos preceitos da santa fé da Igreja e favorece a vivência do amor, da caridade cristã. A Palavra de Deus nos recorda que a fé sem as obras é morta (cf. Tg 2, 20) porque a fé retira a sua vida da caridade, e a caridade se manifesta numa floração de obras santas. Por isso, nós certamente não tiraremos nenhum proveito da nossa fé para alcançar a eternidade, se esta fé não inspirar a nossa conduta. A este respeito, São Tiago nos pergunta: “Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não tem as obras? A fé seria capaz de salvá-lo?” (Tg 2, 14). Para que a nossa fé não seja estéril, mas se traduza em obras de amor, de caridade cristã, e nos conduza à salvação, o Rosário da Virgem Maria é um grande auxílio para nós.

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A contemplação dos mistérios propostos no Rosário da Virgem Maria ajuda a fazer brotar da nossa fé uma abundante e alegre seara madura de frutos, porque provoca maravilhosamente a nossa alma a propósitos de virtude. Pois, a obra de salvação realizada por Nosso Senhor Jesus Cristo nos oferece, sob todos os aspectos, um sublime e esplêndido exemplo para nós! “O grande, o onipotente Deus, impelido por um excesso de amor para conosco, abaixa-se até à condição do mais mísero homem; entretém-se conosco como um de nós; conversa fraternalmente, ensina os indivíduos e as multidões em toda ordem de justiça; mestre eminente pela sua palavra, Deus pela sua autoridade” (Papa Leão XIII, Carta Encíclica Magnae Dei Matris, 6).

O Senhor Jesus mostra-se generoso em benefícios para com todos: cura os que sofrem de doenças corporais, e com misericórdia paternal leva alívio às doenças da alma, que são as mais graves. De modo particular, Cristo volta-se para aqueles que estão abatidos pela dor, ou estão oprimidos pelo peso das suas inquietações, e convida-os: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados e oprimidos, e eu vos consolarei” (Mt. 11, 28). Quando repousamos nos seus braços, Jesus “nos inspira algo desse místico fogo que trouxe aos homens; infunde amorosamente em nós algo da mansidão e da humildade de sua alma; e deseja que, pela prática destas virtudes, nós nos tornemos participantes da paz verdadeira e estável, de que Ele é o autor” (Papa Leão XIII, Carta Encíclica Magnae Dei Matris, 6). Esta paz é o efeito do acolhimento das palavras do Divino Mestre: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis repouso para vossas almas” (Mt 11, 29).

Em troca por tanta luz de sabedoria celeste e da abundância de tão excepcionais benefícios, que deveriam conseguir para Jesus a gratidão dos homens, Ele sofreu o ódio e os insultos mais cruéis. Entretanto, “quando, pregado na cruz, Cristo derrama todo o seu sangue, não tem desejo mais ardente do que este: por meio da sua morte regenerar os homens para a vida” (Papa Leão XIII, Carta Encíclica Magnae Dei Matris, 6). Diante da entrega total de Jesus Cristo pela nossa salvação, “não é possível que alguém considere e contemple atentamente estes belíssimos testemunhos de amor do nosso Redentor, sem arder de viva gratidão para com Ele” (Idem, ibidem).

Assim, meditando os grandes e sublimes mistérios do Santo Rosário, a fé autêntica terá tão grande poder que, iluminando a nossa mente e comovendo o nosso coração, arrastará-nos a seguir as pegadas de Jesus Cristo, através de todos os obstáculos, até fazer-nos manifestar naquele protesto digno de São Paulo: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a perseguição, ou a espada?” (Rm 8, 35). Meditando os mistérios da vida de Jesus Cristo, através do Rosário da Virgem Maria, deixemos que a fé ilumine a nossa mente e comova o nosso coração, para confessarmos, como Paulo de Tarso: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20); e, como o Apóstolo das Nações, proclamemos com a vida a excelência da caridade (cf. 1 Cor 13, 13). Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

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