De candidato a vereador ao sacerdócio.

 

Sou natural de João Pessoa – Paraíba. Tenho 29 anos e minha história de conversão foi assim. Aos 15 anos de idade pedi um presente ao meu avô paterno (in memoriam). Ele era dono de um colégio de 1º e 2º graus no interior da Paraíba, numa cidade chamada Mamanguape. O presente que pedi a este meu avô foi um trabalho neste colégio, pois queria ganhar meu dinheiro. Com isso, comecei a trabalhar no Instituto Moderno como professor de Informática. Naquele tempo, os computadores eram um grande fenômeno na cidade. Trabalhei no colégio um bom tempo. Fui crescendo na cidade e fazendo muitas amizades. Morava na capital mesmo e todos os dias ia para o Instituto trabalhar.

Em 1996 comecei a me envolver na política local. Sempre gostei de estar no meio do povo e falando pelo povo. A coisa foi ficando cada vez mais forte dentro de mim. Em 1997, ingressei na faculdade de Administração de Empresas, onde além de fazer o curso que sempre gostei também comecei a fazer parte do movimento estudantil na universidade. Fui do Diretório Acadêmico da Administração e do Diretório Central dos Estudantes por mais de 3 anos.

Em Mamanguape, cidade onde eu trabalhava, não foi diferente. Em 1998 fui procurado por um deputado federal para coordenar sua campanha na cidade e aí minha entrada na política se intensificou. De início não tive muito apoio dos meus familiares, mas logo quase toda família estava envolvida comigo. Com isso, foi lançada minha candidatura a vereador para o ano de 2000. Durante todo o ano de 1999, muitas coisas foram acontecendo comigo. O “Bruno Costa 2000” era muito forte dentro de mim. Tinha uma certeza de vitória muito grande, pois além do meu avô ser muito querido na cidade, eu era o candidato mais novo, a esperança da juventude: “Bruno Costa 2000 – Juventude  e Responsabilidade”.

Mas também outras coisas foram acontecendo. Minha família sempre foi uma família católica com princípios religiosos. Com minha ida para Mamanguape, minha vida mudou bastante, pois, eu só pensava na política. Fui morar sozinho, muita farra, dinheiro no bolso, bebidas, festas, mulheres, etc. Com tudo isso, fui me afastando de DEUS. No entanto, durante todo o ano de 1999 uma amiga da faculdade chamada Marcella começou a me falar de grupos de oração da Renovação Carismática Católica, e eu sempre a ouvindo. Até que um dia fui procurar por esses grupos e então conheci a Beta, hoje, minha irmã de comunidade. Ela coordenava um grupo de oração, o Sagrado Coração de JESUS. Fiquei participando durante todo o ano de 1999 deste grupo, mas o “Bruno Costa 2000” não saía da minha cabeça.

Chegou então o grande ano da minha vida: 2000. Realmente foi um grande ano, pois foi a vontade de DEUS que prevaleceu na minha história. Em março de 2000, Marcella (amiga) me convidou para participar de um retiro de Semana Santa na chácara de sua avó
em Campina Grande. Neste retiro estavam muitas pessoas que hoje são mais que importantes na minha história de vocação: Rosinha, Marcella, Alberto, Ângela, Ricardo, Raoni, Beta, João Paulo, Adriana, Millena e muitas outras. Deste retiro saíram outros. Mas o “Bruno Costa 2000” não largava de mim.

Bem, estava chegando o mês de maio e Marcella me fez mais uma vez um convite para passar um dia de louvor na cidade de Gravatá, no dia 1º de maio. Na mesma hora falei a ela que não dava, pois estava bem perto da campanha e eu precisava estar com meu povo, afinal de contas, 1º de maio é Dia do Trabalhador. Marcella foi de fundamental importância naquele momento, pois ela me colocou na parede e disse que eu precisava ir e que não aceitava um “NÃO” como resposta. Fui então para Gravatá. Este foi o grande dia da minha vida. Dia 1º de maio, Dia de São José Operário. Foi nesse dia, no meio de mais ou menos umas 18 mil pessoas, que recebi meu chamado. Quem estava pregando neste dia era o monsenhor JONAS ABIB. Nunca o tinha visto. Confesso que palavras não conseguem expressar tudo o que senti naquele momento. Quem estava perto de mim pode falar tudo o que vivi. Foram muitos choros, senti algo me impulsionando a largar tudo para servir a DEUS. Rosinha, Ângela e Alberto estavam comigo no momento. Ainda hoje quando nos encontramos tentamos compreender tudo o que sentimos, mas não conseguimos explicações.

Em um determinado momento, monsenhor Jonas disse que um jovem estava mudando totalmente de vida e que DEUS o chamava a ser SERVO dos SERVOS: Sacerdote segundo a Lei de Melquisedec. Não tive dúvida: Levantei-me e logo assumi diante de todos aquele chamado. Chorei, chorei muito, não de tristeza, mas de muita alegria, pois compreendi que o “BRUNO COSTA 2000” tinha acontecido, pois fui eleito não para a terra, mas sim, para o CÉU.

Foi assim que tudo começou. O ano de 2000 foi o ano da vitória para minha vida. Tenho muitas coisas mais a falar. Quer saber?  É só me escrever. Estarei o esperando com muita alegria.

Quero dizer que sou um homem feliz e realizado. Tenho certeza do meu chamado e do grande carinho que DEUS tem para com todos nós.Quero ser padre para cada um de vocês. Como tenho falado, o sacerdote é o administrador fiel no qual DEUS confiou seus bens. Nunca esqueça que o maior bem a mim confiado é você. Deus os abençoe!

Diácono Bruno

Comunidade Canção Nova

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