“A maternidade é a máxima expressão da feminilidade da mulher, porque colabora com Deus, na criação e manutenção da vida”. (O Amor que dá a vida)
O dom da maternidade é um privilegio inefável concedido apenas a mulher. Os homens são participantes da obra criadora de Deus, mas não podem gerar vida em seu ventre. Nem os anjos podem participar do milagre criador de Deus. Sem dúvida as mães estão mais perto do Deus criador do que qualquer outra criatura. A maternidade é a tarefa nobre que uma mulher pode exercer. Já dizia Papa João Paulo II, a maternidade deve ser valorizada e reconhecida ao máximo. E a primeira pessoa que deve valoriza-la é a própria mulher.
A mãe, ao compreender sua importância na vida de seu filho, deve devotar-se inteiramente a ele em um amor incondicional. As mães podem fazer muito, nos pequenos gestos feitos com amor. E assim, Deus pode realizar uma grande obra nessa mulher, na vida de seus filhos, de sua família e na sociedade.
Nos primeiros anos de vida de uma criança esta passa mais tempo com sua mãe, e é necessário e bom que seja assim. Na medida em que essa mãe se entrega incondicionalmente, se dá sem nada esperar, recebe ainda mais, pois a lógica é, há mais alegria em dar que do que receber. Pois é dando que se recebe. E cada filho que vem, mas largo e profundo fica este amor, alarga sua doação, missão e existência. Cada filho que chega revela uma faceta do amor, revela a faceta do amor do casal, revela a face do Deus amor. A cada filho que nasce é possível contemplar o amor que transbordou na fecundidade do dom.
Tornar-se mãe não é ter filhos, tornar-se mãe é ser a primeira responsável em conduzir essa alma para o céu. Fazer desse filho ( a ) um santo, uma santa. Mas só é possível conduzir uma alma se a alma dessa mãe busca a eternidade, busca a santidade. Só é possível educar uma alma, se a mãe educa a si mesma.
A maternidade é dom concedido pelas mãos de Deus, e Deus não erra. Cada filho tem a mãe que merece, no mais belo sentido da palavra. O filho concedido a essa mulher, precisa dessa mãe. Por isso essa mulher deve buscar com toda a sua força, força de entranhas que gerou essa vida ser o melhor para essa criatura. Permitir por meio de sua maternidade gerar uma obra em seu ser, uma obra de salvação, de redenção. Fazer nascer uma criatura nova.
Para viver esta profunda realidade da maternidade torna-se necessário a morte de algumas realidades, morte de alguns sonhos para que novos, mais nobres e valiosos possam nascer. Não há nessa terra trabalho mais valioso e bem remunerado do que ser mãe. Nossa remuneração não será paga nessa terra, nossa remuneração é paga na eternidade em nossa alma, e na alma de nossos filhos.
Uns dos significados de ser mãe é aquela que recolhe a sujeira, para entregar um homem novo e limpo. As mães refletem a obra nova que Deus realiza em nós, obra de salvação, de redenção, de purificação. Ser mãe é participar do incondicional amor criador de Deus!
O amor de mãe é feito de dedicação, de abnegação. Na entrega desta mulher há o amadurecimento de sua pessoa, ela aprende na vida de seu filho sobre ela mesma e sobre o que realmente importa. Quando uma mulher se entrega em plena doação aos seus filhos, à sua família ela amadurece em realidades que antes jamais teriam sido possíveis. Essa mulher salvar-se-á pela maternidade. Essa mulher sendo salva, salva os filhos, a família que a ela foi concedida. Mulher você será salva pela tua maternidade.
Enfim, todo este mistério materno diz de sua finalidade última: condução ao céu. Todas as noites mal dormidas, o cansaço em um amor que se gasta como vela, as incertezas frente as próprias surpresas de cada filho, só são entendidas se apontam para esta finalidade última, não para esta terra e sim para a eternidade. O que está em jogo não é o sucesso aqui, mas lá na eternidade. Feliz dia das Mães.
Autora : Letícia Cavalli Gonçalves dos Santos
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