Com sua paixão e morte, Jesus «convertendo-se em homem, não hesitou em tomar sobre si as fraquezas do ser humano, exceto o pecado, e se adentrou até a profundidade da morte. A esta descida na última profundidade da paixão e da morte segue depois a exaltação, a verdadeira glória do amor que foi até o final.
Que maravilhoso, e ao mesmo tempo surpreendente, é este mistério!
A Quinta-feira Santa a Igreja comemora a instituição da Eucaristia, o sacerdócio ministerial e o mandamento novo da caridade, deixado por Jesus aos seus discípulos. Constitui, portanto, um renovado convite a dar graças a Deus pelo sumo dom da Eucaristia, que é preciso ser acolhido com devoção e adorado com fé viva.
A Sexta-Feira Santa é o dia da paixão e a crucifixão do Senhor: o mistério se faz insondável para a razão. Estamos diante de algo que humanamente poderia parecer absurdo: um Deus que não só se faz homem, com todas as necessidades do homem, não só sofre para salvar o homem, carregando sobre si toda a tragédia da humanidade, mas morre pelo homem. Este dia não é só tristeza, mas também um dia propício para voltar a elevar nossa fé, para reafirmar nossa esperança e o valor de levar, cada um, a cruz com humildade, confiança e abandono em Deus, seguros de seu apoio e de sua vitória.
O Sábado Santo, ao contrário, é um dia de «recolhimento e silêncio», que «nos conduzirão à noite à solene Vigilia Pascal, ‘mãe de todas as vigílias’, quando prorromperá em todas as igrejas e comunidades o canto de alegria pela ressurreição de Cristo».
Mais uma vez se proclamará a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte, e a Igreja exultará pelo encontro com seu Senhor. Entraremos assim no clima da Páscoa da Ressurreição!
Feliz Páscoa!!!
Santa ressurreição à você!!!