Amor conjugal?!

casal.jpgVamos percorrer um caminho que favoreça o auto-conhecimento da sua afetividade e sexualidade olhando para sua família. Quem são seus pais? Eles estavam conscientes da missão da paternidade e maternidade responsável? No momento do seu nascimento o que era valorizado pela sua família? Será que os seus pais valorizavam o ato sexual como uma resposta afetiva, uma expressão do amor? Será que o ato sexual era associado ao amor conjugal? Será que eles tentavam separar a sexualidade da procriação? Será que houve apenas doação física ou a sexualidade atingiu o seu pleno significado, pois era a expressão da doação pessoal do homem e da mulher com amor, fidelidade, honra e generosidade para com o cônjuge e para com a vida que surge do seu gesto de amor?

É hora de parar e responder essas perguntas olhando para a sua família. Não é momento de julgar o comportamento do pai, da mãe, avós, irmãos. É o momento de perceber que as experiências familiares nos formam e muitas vezes nos deformam. Isto vale particularmente para a educação moral, espiritual e, sobretudo sobre um ponto tão delicado como a afetividade e sexualidade.

Você foi crescendo e possivelmente muitas coisas mudaram. Em muitas famílias os pais que antes estavam despreparados amadureceram e cresceram na relação conjugal. Outros perceberam que com o tempo a doação pessoal para com o cônjuge e filhos (família) foi sendo questionada e até criticada. Muitos deixaram de ter a companhia do pai ou da mãe. Com a sua história familiar você foi formando conceitos, comportamentos, sentimentos em relação a sua afetividade e sexualidade.

A educação sexual harmônica no seio familiar formam filhos equilibrados emocionalmente, com auto-aceitação, serenidade, com uma capacidade de auto doação já exercida nas relações familiares. Com a presença do pai e da mãe você tem modelos de comportamentos feminino e masculino. Você é capaz de perceber a riqueza da complementaridade, confiança, doação de si, renúncia amor total, fiel e fecundo. Aí surgem os primeiros sentimentos positivos e negativos.
Verifique:

  • Você tem dificuldade de confiar no sentimento do outro?
  • Você se sente descartável em uma relação?
  • Você deseja doar-se por amor?
  • Você é afetivo?
  • Você é receptivo ao afeto?
  • Você deseja ser fiel?
  • Você gostaria de ter filhos, esposa (o) – família?
  • Você é individualista?
  • Você respeita e dá o devido valor ao sexo oposto?
  • Você é impulsivo?
  • Você consegue aguardar, perseverar na busca do que realmente quer, mesmo que exija sacrifício e esperar o tempo?
  • Você é agressivo?
  • Você é ansioso?
  • Você é considerado pelos outros como insistente, pegajoso?
  • Você tem medo de ficar só?
  • Você tem medo de não ser escolhido ou aceito por alguém?
  • Você tem medo de errar?
  • Você se julga pelo corpo, cabelo, altura?
  • Você se avalia pelo seu desempenho?
  • Você tem auto-domínio?
  • Agora, com suas respostas, avalie o que precisa ser curado em você. Hoje com sua capacidade de auto-observação você precisa assumir responsavelmente a sua vida, buscar entender o que fazer para viver o amor conjugal. Esse amor que, segundo o que afirma a Encíclica Humanae Vitae, tem quatro características: é amor humano (sensível e espiritual), é amor total, fiel e fecundo.

    Agora é momento de retornar ao primeiro parágrafo. Você no início avaliou a sua história, a sua concepção e nascimento. Agora você vai escrever que história você quer para seu filho? Será que você está preparado ou vivendo o amor conjugal? Os seus pais não tiveram todas as informações que você hoje tem. O que você pode fazer para santificar a família que Deus reservou para você? Deus te dá a graça necessária, é momento de oração. Deus quer refazer sua história, Deus quer te curar, Deus quer ressuscitar sua família. E hoje te forma para ser um homem novo para um mundo novo. Você é semente de uma nova geração.

    Claudia May Philippi
    Comunidade de Aliança Canção Nova Brasília