Celibato: Chamado, escolha, opção definitiva por Amor

Quando comecei a sentir-me chamado a vida celibatária no ano de 1998, não tinha ainda a dimensão e a maturidade sobre essa forma de viver como hoje tenho. Se tivesse que voltar no tempo e ter a chance de re-avaliar e fazer novamente uma escolha, tendo hoje todas as ferramentas de discernimento que tenho, qual seria minha decisão?

Sem dúvida nenhuma eu diria sim ao celibato, sem pestanejar, sem titubear.

Celibato é uma genuína forma de vida, existe uma razão de existir, assim como o casamento, a vida sacerdotal ou religiosa, ou até mesmo a vida monástica, é um chamado, é uma vocação, e que se for vivida com integridade e cumprimento de seus propósitos levam a felicidade.   Não mudaria minha escolha porque sou feliz, me sinto realizado nela,  outro ponto de discernimento, sinto que através do meu testemunho, minha vivência, edifico outras pessoas, sou canal para que elas também experimentem o amor de Cristo, amor esse que me preenche,  me amadurece,  me faz voltar para o outro e enxergá-lo como irmão.    Essa escolha me faz mergulhar na descoberta de mim mesmo, e o porque ela é tão importante para a edificação do Reino de Deus, ela é  singular, é uma pérola de grande valor, tendo um negociante de pérolas a encontrado, foi, vendeu tudo o que possuía e a comprou.  Me sinto esse negociante que procurava pérolas, talvez pudesse ser o casamento, se tornar um padre, ou um religioso, mas que ao invés  viu na simplicidade do celibato, da vida casta, uma forma simples, discreta e responsável de servir a comunidade cristã. Essa para mim é a pérola preciosíssima que valeu a pena deixar todo o tipo de sonho que eu pudesse mirar em meu futuro.

É uma opção definitiva porque aceito ser quem sou, alguém comum, como outro qualquer dentro da comunidade, com um trabalho específico, com uma agenda, escalas para cumprir, responsabilidades, uma vida ativa, mas em contra-partida, devo dar testemunho de uma vida de intimidade com Deus, devo me esforçar também para dar testemunho de castidade, de entrega absoluta e sem apegos.

Cristiano e Comunidade Canção Nova na Terra Santa - Fev/2013

Ao mesmo tempo que também devo sempre ter o coração aberto a fraternidade e a busca incansável pela sabedoria divina, afim de sempre trilhar neste maravilhoso caminho da vontade de Deus.

Cristiano Assunção

Missionário Canção Nova – Terra Santa