Amábile Visintainer, escolhida por Deus para ser fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, nasceu em Trento (Vigolo Vattaro) – Itália, a 16 de dezembro de 1865. Era filha de Napoleão Visintainer e Ana Pianezer.
Vindo para o Brasil com 10 anos de idade, em companhia dos pais, com eles se estabeleceu em Santa Catarina (Vígolo). Ia crescendo como boa filha: honesta, trabalhadora e muito piedosa. Nunca vira Religiosas, mas sentia grande desejo de consagrar-se a Deus.
Nas proximidades de Vígolo vivia, abandonada, uma cancerosa. No dia 12 de julho de 1890, Amábile e sua companheira de fundação, deixando a casa paterna, transportaram-se para um casebre, levando a doente, à qual passaram a servir como enfermeiras. Falecendo esta, as jovens permaneceram na mísera choupana; aí viviam como pessoas consagradas a Deus e auxiliando o próximo. Anos depois, transferiram-se para Nova Trento,onde, espiritualmente eram auxiliadas pelo Superior dos Jesuítas – padre Luís Maria Rossi. Foi este sábio e santo sacerdote o instrumento escolhido por Deus para cooperar na fundação da Congregação.
Em 1895, Dom José de Camargo Barros, então Bispo de Curitiba/PR, constatando que o plano era divino, deu-lhe a aprovação. A 7 de dezembro de 1895, Amábile e suas companheiras (Virgínia Nicolodi e Teresa Máoli), pronunciaram os votos religiosos. Amábile tomou o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus; Virgínia o de Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, o de Irmã Inês de São José.
Em 1903, Madre Paulina deixou algumas irmãs em Nova Trento e, com outras, transferiu-se para São Paulo. Fixou residência no então Asilo da Sagrada Família, à Avenida Nazaré, Bairro Ipiranga.
Em 1909, sendo eleita nova superiora geral, foi a Serva de Deus para o Asilo São Vicente, de Bragança Paulista. Aí, como simples súdita, permaneceu 8 anos, lavando e consertando a roupa dos asilados e servindo-os carinhosamente em tudo.
Em 1918, por determinação de Dom Duarte Leopoldo e Silva – Pai e protetor da Congregação, regressou ao Ipiranga, onde permaneceu até 09 de julho de 1942, data de sua morte.
Madre Paulina era irrepreensível na prática e observância dos votos religiosos – Castidade, Obediência e Pobreza. O sofrimento – físico e moral – foi companheiro inseparável de toda sua vida. Diabética, três anos antes de sua morte, foi-lhe amputado o braço direito. Gradativamente foi perdendo a vista e ficou completamente cega. Como tinha profunda compreensão do valor da Cruz, sofreu tudo com heróica resignação. Foi uma alma, acima de tudo, profundamente contemplativa, dedicando muitas horas à oração, além das prescritas. Estando já a comunidade em repouso, a veneranda fundadora, em sua cela, permanecia rezando noite adentro. Seu espírito de fé era inabalável, sua confiança em Deus ia ao extremo. Seu amor ao próximo era extraordinário: desejava atingir o mundo inteiro.
Sentia amor abrasado pelo Santo Padre e pelo triunfo da Igreja. Os sacerdotes ocupavam lugar distinto, em seu coração. Deixou 45 casas distribuídas pelo Brasil e, na paz do Senhor, levou para o céu a mirra de uma vida inteiramente sacrificada a Deus, no amor ao próximo e no exercício das mais heróicas virtudes.
Durante a vida seus belíssimos exemplos de caridade e resignação no sofrimento fizeram com que muitas irmãs deixassem o mundo e abraçassem a causa de Cristo e, tal proposta evangélica está sendo posta em prática atualmente em doze países do mundo. Após a sua morte, quis Deus glorificá-la através de muitos milagres que culminaram em cuidadosas investigações feitas e comprovadas pela Santa Sé. O Santo Padre, o Papa João Paulo II, com seu poder de infalibilidade, a declarou santa no dia 19 de maio de 2002, em Roma. Os seus milagres e graças alcançados por sua intercessão mostram que, diante de Deus, Madre Paulina foi fiel ao seu projeto de vida como filha dileta do Pai.
ORAÇÃO
Ó Deus, Nosso Senhor e Nosso Pai, em quem Santa Paulina depositava toda sua confiança com amor filial, dignai-vos mostrar que a congregação religiosa por ela fundada para a salvação das almas, e os sacrifícios heróicos que fez em toda a sua vida Vos foram agradáveis, concedei-nos o favor que pedimos….. , se for para honra vossa, de Maria Imaculada e glória de vossa Igreja militante, por intercessão de vossa serva elevada às honras dos altares.
Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém. Santa Paulina, rogai por nós!
Fonte: Site católico paginaoriente.com