Roma, 05 jan (RV) – A elevação de João Paulo II à glória dos altares pode não tardar muito. O processo de canonização do papa polonês, falecido em 2005, acaba de dar um importante passo: o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão. Uma comissão médica julgou “inexplicável” a cura de uma religiosa francesa que sofria de Parkinson.
Essa foi uma canonização anunciada no próprio dia do funeral do pontífice, em abril de 2005, em plena Praça São Pedro: por aclamação popular, os cartazes com os dizeres “santo já!” pediam a elevação à glória dos altares do papa polonês.
Seu sucessor, Bento XVI, não se fez de rogado e saltou os prazos estipulados: em vez dos cinco anos previstos, o processo se abriu três meses após a morte de Karol Wojtyla.
Entre os vários passos a serem feitos, além do reconhecimento das virtudes, há duas etapas cruciais: a beatificação e, por fim, a canonização. Tanto num caso como no outro, faz falta um milagre atribuído à intercessão do beato ou santo. O milagre não tardou.
Em junho de 2005, dois meses depois da morte de João Paulo II, uma religiosa francesa, de 44 anos, doente de Parkinson, viu-se totalmente curada.
Sem pressa, o Vaticano entregou o caso a uma comissão médica que, finalmente, julgou “inexplicável” a cura da paciente que, curiosamente, sofria da mesma doença que João Paulo II.
Agora basta a luz verde da comissão plenária dos cardeais que compõem a Congregação das Causas dos Santos, cujos membros deverão reunir-se ainda neste mês de janeiro. Logo depois, caberá ao papa assinar o decreto de reconhecimento do milagre e anunciar a beatificação. (AF)
Fonte: Rádio Vaticano