Chegou o momento do último trecho. O trecho mais difícil! Um enorme paredão de uns quatrocentos metros que conduz ao pico. Quarenta a cinquenta minutos de subida. Sempre unidos em grupo e conduzidos pelo guia.

Depois de quatro horas e meia, momentos de cansaços, pernas pesando, ar faltando pela altitude, muitas pedras e escaladas… Alcançamos o Cume!

É difícil descrever a sensação que vivi naquele momento. Um prêmio, uma meta alcançada, uma realização pessoal, uma recompensa esplendorosa, um contemplar a beleza da criação.

Entendi um pouco da razão de muitos personagens bíblicos, santos e o próprio Jesus Cristo se retirar para os cumes das montanhas: É um lugar no qual se facilita o contato com Deus, facilita a oração e a contemplação. Neste lugar Deus fala e si revela por sua criação.

Foi impossível não sentir Deus falando pela beleza da natureza. Deus gritava naquele silêncio! Realmente a sensação é de estar entrando em um “santuário” esplendoroso.

Fiquei extasiado com a beleza da natureza. Senti a presença de Deus pela obra da criação. O Deus que si revela pelas coisas criadas. Louvei a Deus em meu coração por poder fazer esta experiência.

Foi simplesmente fantástico!

Chegamos ao cume! Mas ainda não acabou. É preciso descer da montanha. No próximo artigo falarei da descida que foi uma experiência desafiadora, e também descreverei as diversas lições que tirei desta aventura para minha vida espiritual.

Até a Próxima!

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. (Rm. 8, 35-37)

Podem vir a provações, tentações, quedas, mas quem poderá nos separar do amor de Deus. Deus nos ama do jeito que somos. Ele conhece nossas lutas, vitórias e derrotas. Mas sempre nos guarda para vencermos as grandes correntezas que anseia nos arrastar rio abaixo.

Por isso, devemos sempre em nossas dificuldades e lutas do dia-a-dia rezar com esta música:

“Nem as torrentes das grandes águas conseguirão apagar
esse amor. Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte
é tão forte esse amor
.” (Suely Façanha)