Observamos no contexto atual da Igreja, muitos padres e religiosos que tem o dom artístico para música, televisão, rádio, internet e etc. E isto é muito importante na época histórica que vivemos na Igreja. O Magistério sempre nos alerta, mediante muitos documentos, para a inserção e o bom uso dos meios de comunicações para evangelização: A Igreja viria a sentir-se culpável diante do seu Senhor, se ela não lançasse mão destes meios potentes que a inteligência humana torna cada dia mais aperfeiçoados. É servindo-se deles que ela “proclama sobre os telhados”,(72) a mensagem de que é depositária. Neles encontra uma versão moderna e eficaz do púlpito. Graças a eles consegue falar às multidões..(Evangelii Nuntiandi, 45)

Nesta minha reflexão não julgo os padres e religiosos que já estão na “mídia”. A maioria destes faz um lindo e fecundo trabalho de evangelização. Mas tem uma “galera” que tentam chegar à fama a todo custo, não importando os meios… Padres, religiosos e até seminaristas que colocam os meios de comunicação social como centro de sua vida, perdendo-se na busca de fama, do poder e até de dinheiro, sendo carreiristas na busca do sucesso.

Como relatei é muito importante para Igreja o uso dos meios de comunicação, mas aquele que traz o dom e a disposição de evangelizar por estes meios, precisa ter uma boa formação humana, intelectual e teológica. A formação humana para que não se iluda e não se perca com o possível sucesso e fama; formação intelectual e teológica, para que não leve o povo um “falso evangelho” em um caminho de ilusões e soluções mágicas, não apresentando a essência do Evangelho que é Jesus Cristo.

Ainda, nesta questão de padres e religiosos nos meios de comunicação, sempre quem deve sobressair é Jesus Cristo. As palavras de João Batista devem acompanhar aqueles que estão nas mídias de massa: É preciso que ele cresça e eu diminua. (Jo. 3, 30)”

O empenho da pessoa deve ser o anúncio de Jesus Cristo. Se não de nada valerá. Será um simples modismo estéril que durará um tempo e passará sem dar nenhum fruto de fé, ou ainda estragará o ministério e vocação do religioso porque perdeu o foco em Cristo e pôs no seu sucesso pessoal.

Que Ele cresça e eu diminua!

Até a próxima!

Ademir Costa

Em nossas dias existe uma busca desenfreada por fama, dinheiro e poder. A pessoas buscam tudo isto “custe o que custar”, baseado no ensinamento de Nicolau Maquiável no qual “os fins justificam os meios”. Infelizmente isto está impregnado na sociedade que vivemos, basta ver o nível de corrupção em nosso país e no mundo.

Muitas quando alcançam o cume da fama e da vida financeira, tiram Deus de suas vidas, estes com certeza um dia vão se deparar com o vazio. Na frente das camêras se apresentam exuberantes, mas quando se deparam com a solidão do seu quarto, somente o seu travesseiro conhece o vazio e a solidão destas almas. Alguns chegam ao suícidio, por não ter razão para viver.

Digo isto, não para diminuir estas pessoas, mas para dizer que riqueza e fama são ilusões. Não devemos buscar no mundo aquilo que está em Deus. Não dá para preencher vazio com vazio. Existe uma realidade interior que somente Deus pode preencher.

Nós como cristãos, não podemos cair na sedução e nas armadilhas que o mundo ter armado. Irmãos tomemos cuidado… Porque podemos fazer até da Igreja um instrumento para alcançar “fama, dinheiro e poder”. Quem tiver ouvidos para ouvir ouça…Só Deus é e basta!