Fátima é o convite para reparar os pecados cometidos contra Jesus e Sua Mãe e consolar estes dois Santíssimos Corações. Ao mesmo tempo revela ao mundo a grande promessa da nossa própria salvação.
«…Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz….»
É grande a incompreensão diante deste caminho da salvação de Deus e em Fátima pedido pela Santíssima Virgem. É difícil crer que Deus, no seu infinito amor para conosco e na sua sabedoria, não pudesse encontrar outro caminho, sem ser o da reparação, do sacrifício, da renúncia e abnegação que tanta tristeza causa, tanto custa, tanto cansaço e miséria traz consigo.
No entanto: se, por um lado é evidente que Deus é santo, – que quer dizer que Nele não existe mancha do mal, nem é indiferente ao nosso sofrimento, nunca procura vingança, nem é intransigente – Ele é infinitamente bom; mas, por outro lado ao constatarmos, o sofrimento horrível de muitos, a existência de contradições sem solução, que só a custo se toleram, teremos que concluir que o sofrimento tem que servir para alguma coisa, porque só assim pode existir e continuar no mundo. E para que será bom?… É uma contínua chamada à reparação, que Deus nunca pode dispensar. Nada do que vem de Deus é tomado por tão grande mal, como esta exigência para a prática da reparação. No entanto o sofrimento é um meio excelente, para chegar à conversão, à mudança de espírito, humildade e generosidade. Reparação significa portanto a concretização da salvação.