Em Fátima respira-se a fé – Parte II

A história que vivemos tem muitas nuvens, mas é a hora do acordar. O ocidente parece perder a sua própria humanidade, procurando ilusões que fazem muitas promessas mas que degradam. O mundo proclama a vida e semeia a morte; declara a solidariedade e fecha-se, prega o amor mas é individualista. As pessoas, contudo, começam a interrogar-se sobre o futuro do mundo, sobre o destino da vida. Como naquele 13 de Outubro de 1917 se começaram a ver uns flashes de luz, assim no coração dos homens começam a surgir as perguntas verdadeiramente importantes, a necessidade de verdade, a sede de amor e de bem. Este é o acordar que já começou e que não vai parar.

O Sol de Cristo

Em Fátima continua a brilhar o sol, a luz que brota do seio da Virgem Santa: Jesus Cristo. Ele é o Filho de Deus vivo, o revelador do invisível, o fundamento de todas as coisas; Ele é o Mestre da humanidade, o Redentor; é o segredo da história, é a chave dos nossos destinos, o Rei do mundo novo. Ele é aquele que nos conhece e ama, é o companheiro de estrada e o amigo da nossa vida, Aquele que há-de vir e que deve, um dia, ser o nosso Juiz e, assim o esperamos, a plenitude da nossa alegria… Ele é o Pão que desceu do Céu, é a Fonte de água viva que sacia a nossa fome e a nossa sede. Nunca nos cansaremos de falar de Jesus!

O coração imaculado

Olhemos agora para o rosto suavíssimo de Nossa Senhora; no seu coração imaculado encontraremos o coração de Cristo, um rosto que une todos os nossos rostos. Envolvido pelo nome de Maria, como foi envolvido pelas faixas em Belém, ressoe sobre este recinto o nome de Jesus: a partir do Seu nome cada um de nós sentirá pronunciar o seu próprio nome, sentirá a sua vida ser iluminada, a sua fé regenerada e a sua esperança reforçada.

Cardeal Angelo Bagnasco

Arcebispo de Génova