Na integra a Quarta Aparição de Nossa Senhora em Fátima – 19 Agosto

… a meu ver foi no dia 15, ao cair da tarde (18 horas). Como ainda, então, não sabia contar os dias do mês, pode ser que eu esteja enganada; mas conservo a ideia de que foi no mesmo dia em que chegamos de Vila Nova de Ourém.

Andando com as ovelhas, na companhia de Francisco e seu irmão João, num lugar chamado Valinhos1, e sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e nos envolvia, suspeitando que Nossa Senhora nos apareceria e tendo pena que a Jacinta ficasse sem vê-la, pedimos a seu irmão João que a fosse chamá-la. Como ele não queria ir, ofereci-lhe, para isso, dois vinténs, e lá ele foi.

Entretanto, vi, com o Francisco, o reflexo da luz a que chamávamos relâmpago; e chegada a Jacinta, um instante depois, vimos Nossa Senhora sobre uma carrasqueira.

Que a Senhora quer de mim?

Quero que continueis a ir à Cova de Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem.

Que é que você quer que se faça com o dinheiro que o povo deixa na Cova de Iria?

Façam dois andores: um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro, que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário, e o que sobrar é para ajudar na construção de uma capela que vocês hão de fazer.

Queria pedir-Lhe a cura de alguns doentes.

Sim; alguns curarei durante o ano.

E tomando um aspecto mais triste:

Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão para o inferno por não ter quem se sacrifique e peça por elas.

E, como de costume, começou a elevar-se em direção ao nascente.

Trecho retirado do livro Mistica de Fátima

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