Na Bíblia, a aparição constitui um modo de revelação de Deus, isto é, um modo de Deus comunicar algo de si aos homens. Por elas se tornam presentes de maneira visível os seres que, por sua natureza, são invisíveis aos homens. No Antigo Testamento Deus aparece em pessoa (= teofania), manifesta a sua glória ou faz-se presente, por meio de um anjo. O nome de “anjo” não refere a sua natureza, mas a sua função: é mensageiro.
As aparições de Jesus Ressuscitado:
O Novo Testamento refere as aparições do Anjo do Senhor ou de Anjos para manifestar que, em certos momentos importantes da existência de Cristo, o Céu está presente na Terra, o divino no humano. Mas parece claro que os narradores não quiseram redigir uma crônica biográfica da aparição do Ressuscitado. É completamente impossível coordenar os relatos no tempo ou no espaço. Também é certo que os evangelistas não quiseram deixar-nos “recordações fotográficas” e se aparecem pormenores (“portas fechadas”, “tocar com o dedo”…) estes não devem ser considerados independentemente da totalidade daquilo que se quer revelar.