«– Continuem a rezar o Terço a Nossa Senhora do Rosário, todos os dias, [que abrande ela a guerra] para alcançarem o fim da guerra, [que a guerra está para acabar]. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.
– Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.
– Alguns curarei, outros não, [porque Nosso Senhor não quer crer neles]. Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem.
[– O povo muito gostava aqui duma capelinha.
– [De] metade do dinheiro que juntaram até hoje façam dois andores e dêem-nos à Senhora do Rosário; a outra metade seja para ajuda da capelinha.
Ofereci-lhe duas cartas e um vidro com água-de-cheiro.
– Deram-me isto, se Vossemecê os quer.
– Isso não é conveniente lá para o Céu.]»
Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 179 (IV Memória); as secções entre parênteses retos constam do interrogatório do pároco, de 15 de setembro de 1917, em Documentação Crítica de Fátima, vol. I. Fátima: Santuário de Fátima, 1992, p. 21-22.