O prêmio Nobel da Literatura, Mario Vargas Llosa, considera que a Jornada Mundial da Juventude deste ano mostrou ao mundo uma Igreja Católica “forte” e cheia de “vitalidade”. “Crentes e não crentes, todos temos de nos alegrar com o que aconteceu em Madri, onde durante alguns dias a existência de Deus não esteve em causa e o catolicismo pareceu ser a única e verdadeira religião”, escreve o escritor peruano na edição de hoje do jornal “L’Osservatore Romano”.
Premiado pela Academia Sueca das Ciências em 2010, Llosa entende que a unidade do cristianismo pode ser vital dentro do contexto atual de Espanha e das restantes sociedades democráticas. “Se não estiver apoiada em instituições profundamente marcadas pelos valores éticos, a democracia não poderá lutar eficazmente contra os seus inimigos”, sublinha o autor, que dá como exemplo o apelo que a Igreja Católica faz a uma “vida rica em espiritualidade”.
Segundo o autor, ela pode servir de “antídoto permanente” perante as “forças destrutivas que geralmente guiam o comportamento daqueles que se julgam acima de qualquer responsabilidade”.
A 26.ª Jornada Mundial da Juventude decorreu entre 16 e 21 de agosto, na capital espanhola, sob o lema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”, contando com a presença do Papa Bento XVI nos últimos quatro dias.
Considerado como o maior evento juvenil da Igreja Católica, reuniu este ano mais de um milhão de peregrinos, entre os quais 14 mil brasileiros.
Fonte: Gaudium Press