Tenho um cachorro bem velhinho. Já tem 14 anos. Está meio cego e totalmente surdo. Criou uma mania nesse ano de ficar arranhando a porta, quando a mesma estiver fechada e ele quiser entrar. Como moro em apartamento, ele tem livre trânsito pela casa e o arranhar a porta ocorre em qualquer horário do dia, inclusive de madrugada. Com isso, essa atitude do cachorro tem-nos acordado constantemente. Haja paciência!!!!
Mas, como sabemos que está velhinho, quando começa a arranhar a porta, levantamos da cama e abrimos a porta pra ele entrar.
Refletindo sobre isso, vejo que arranhamos constantemente a porta dos outros, mas também os outros arranham nossa porta. Incomodamos e somos incomodados. Somos como meu cachorro, velhinhos que perdem a noção, mas onde fica a nossa paciência? Onde está nossa capacidade de entender o próximo e abrir a porta, mesmo sabendo que está nos incomodando? Parece ser mais fácil ter essa paciência com o cachorro que com o ser humano, não é verdade?
Dá-nos, Senhor, o fruto do Teu Espírito, Paciência. Que saibamos abrir as portas e atender mesmo aqueles que parecem ser chatos. Acolhermos a todos, como nos acolhes. Amar a todos, como Tu nos amas.
Ensina-me, Senhor.
Junior Alves, missionário da Comunidade Canção Nova
Missão Rio de Janeiro