A história da Canção Nova com o Colégio São Manoel (hoje a casa de formação da Canção Nova) é anterior inclusive à sua fundação. Ela estava guardada no coração de Deus que, preparava neste solo, um menino, que se tornaria um grande homem, um grande sacerdote.
O menino Jonas chegava ao Colégio São Manoel no dia 3 de Setembro de 1949 (data esta que a casa comemora todos os anos até hoje) para iníciar os seus estudos no seminário menor Salesiano. Nesta casa, além da saudade de seus pais, o menino Jonas teve de se superar nos seus limítes, ele mesmo nos conta:
“Eu queria muito ser padre. E, como padre, eu precisava ser pregador. E eu tinha um problema: quando menino, em casa, sofri de gagueira por um tempo. Quando fui para o seminário, voltei a gaguejar. Certamente por falta da família, porque em casa éramos muito unidos. Claro que eu aguentava firme, pois queria ser padre. Mas sentia muita saudade, e gaguejava bastante.
*“Para me livrar daquilo, me ensinaram a trainar a fala, ler em voz alta. E mais; o gago quando canta não gagueja. Eu fazia essas coisas nos intervalos de recreio. Muitas vezes sacrificava o esporte para pegar um livro e ficar andando pelos pátios, lendo em voz alta. Fazia isso porque precisava ser padre, e não podia ser o padre que eu gostaria de ser, sendo gago. Também pegava aqueles livros de música e ficava solfejando, cantando as notas. Não queria e não podia ter essa limitação, e por isso precisava corrigir minha gagueira. Hoje eu mesmo admiro minha garra de menino. Lutei contra minha limitação na base da busca, do esforço.
A musica na vida do Monsenhor Jonas aconteceu nesta casa, ele também nos conta:
*“Um das coisas que me sensibilizaram no seminário, foi a música. Os garotos iam aprendendo a tocar piano, a cantar em coral. Havia aulas de música, aprendíamos a ler partituras, e tudo aquilo me encantou.
Chegou o 22 de novembro, festa de Santa Cecília, padroeira da música. O ar do colégio ficou tomado, o dia inteiro, de notas musicais. A missa era solene, com muitos hinos e canções. Música o dia inteiro. A banda tocava no pátio; aós o almoço, fazia retreta. Depois havia a benção do Santíssimo, no começo da noite. Mais tarde, no teatro, com recitais de canto, de piano, outros instrumentos. Então, na bênção do Santíssimo, justamente na hora em que o padre estava dando a bênção, meu pedido de menino foi este:
– Jesus, se a musica for útil para meu sacerdócio, me ajude a aprender música.
Eu não imaginava o alcance daquele pedido.
Passávamos as férias no próprio seminário, não saíamos dali. Nas ferias, padre Júlio Comba anunciou vagas, para aprender piano. Fiz a inscrição, o teste, e comecei. Menino nem liguei uma coisa a outra, embora me alegrasse com tudo isso. Foi depois na vida, que percebi o pronto atendimento de Deus no meu pedido. Vejo, hoje, o que foi amusica na minha vida”
Tantas outras histórias Monsenhor Jonas viveu nesta casa. Trata-se de sua adolescência e uma boa parte da sua juventude inteira correndo por estes pátios, estudando, aprendendo o jeito Salesiano de pertencer a Deus. Sem dúvida nenhuma Pe. Jonas pôde colocar em prática, no seu ministério e no seu apostolado com os jovens, o que aprendeu neste Colégio. Muitas destas regras e comportamentos salesianos que o menino Jonas aprendeu neste colégio, são passados também hoje para os jovens da Canção Nova, são valores eternos que ensinados por Dom Bosco, passando por Pe. Jonas, chegam à juventude de hoje.
“Lavrinhas ficou para sempre na minha memória”
(Monsenhor Jonas Abib)
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