Em nome da “liberdade” assassinado no ventre
Outubro de 1995. Ao término de um Congresso em BH recebi alguns materiais gráficos contra o aborto. Após meu retorno a Recife, em um dia comum de trabalho, comecei a ler aqueles informativos e panfletos.
Evidente que eu já era contra o aborto, mas aquelas informações quanto aos métodos e as fotos me fizeram ter uma experiência diferente: meu coração começou a doer, falo literalmente de uma dor física, cheguei a pensar em pedir ajuda, mas logo percebi que a causa dela era o que eu estava lendo e vendo. As lágrimas vieram compulsivamente, tive dificuldades até em atender os clientes. Em seguida, veio a minha mente uma “imagem”, carismaticamente falando: era de um feto num ventre sendo extraído, sua respiração estava ofegante, seu corpinho se contraía tentando fugir da morte, sua boquinha abria… e fechava… abria… e fechava. Ele gritava. Ele e todos, milhares gritam, mas seus gritos são silenciosos. Só Deus os vê. Só Deus os escuta.
A mãe, ou melhor, a genitora (porque se fosse MÃE não o mataria) que deveria ser a primeira a socorrê-lo é a mandante do crime; e o médico que fez o juramento para salvar vidas é o pistoleiro de aluguel, pago para matar. Por eles, e por todos os que são cúmplice deste assassinato devemos rezar com misericórdia, para que façam uma experiência com o Deus da Vida e se arrependam dos seus atos, mas a verdade precisa ser dita.
Penso eu, que a dor física que me acompanhou durante todo aquele momento, foi uma faísca da dor do coração de Jesus, milhões de vezes transpassado pela lança dos tiranos de hoje que aconselham, apóia, promovem e realizam o aborto.
Nasceu um “Grito Silencioso”
Nessa experiência, compus a musica Grito Silencioso, gravada em 1999 pela Banda Santa Clara/PE; e regravada em 2007, pela cantora Flavinha – CD “Uma nova história pra contar”. Também, em 1995, o Espírito suscitou através de um médico dos Estados Unidos, o Filme chamado: O Grito Silencioso.
Num Festival de Música Católica, ganhei o 3º lugar. Após a premiação o coordenador do evento veio a mim para pedir perdão. Segundo ele, “Grito Silencioso” seria o 1º lugar, se uma jurada, musicista profissional que se dizia “católica”, não tivesse dado a nota mínima, por ser a favor do aborto e argumentando ser a letra agressiva. Agressiva? Penso eu, que ela ignora completamente os métodos do aborto.
Troféus? Já recebi seis. Este é o nº. de crianças que tive a graça de conhecer após seus pais terem ouvido a música. Louvado seja Deus.
Kátia Simone
Missionária Canção Nova