“Há uma diferença entre seguir Jesus na multidão e ser seu discípulo”
Quando meditamos e confrontamos a Palavra de Deus com nossa vida, constatamos que Deus tem planos diferentes para cada pessoa, época, necessidades e circunstâncias. Em Atos 12 lemos a fantástica libertação de Pedro por meio de um anjo que o conduz para fora da prisão. Ainda em Atos 16, 25 -27, a libertação de Paulo e Silas, por meio de um terremoto ocorrido somente no cárcere onde estavam e que culminou na conversão do carcereiro e de toda a sua família.
Foram 13 anos na prisão
Em 1975, Dom Van Thuan (François Xavier Nguyer Van Thuan), bispo de Saigon no Vietnã, foi preso pelo regime comunista e colocado numa masmorra sem ar, fétida e lúgubre, por longos treze anos. Dessa vez, Deus não usou de nenhum terremoto nem enviou um anjo para libertá-lo. O Senhor fez dele Seu anjo naquele lugar.
Dom Van Thuan manifestou Jesus aos perversos guardas, amando-os. Consagrou, escondido, as migalhas de pão que recebeu e levou os prisioneiros a adorar e a receber Jesus. Escolher a Deus e não as suas obras era seu lema; fazer do lugar em que estava sua catedral, era sua vontade.
Há diferença entre seguir Jesus na multidão e ser seu discípulo?
Pedro, Paulo, Van Thuan, Francisco de Assis, Catarina de Sena e inúmeros outros viveram um autêntico, frutuoso e sofrido discipulado. Existe uma grande diferença entre seguir Jesus na multidão e ser Seu discípulo. Esta última condição requer têmpera para o martírio branco ou cruento; requer fé plena e abandono total em Deus.
Você e eu somos chamados a ser discípulos! Hoje, na realidade de uma cultura ensandecida, que nos apedreja para legalizar o aborto e a eutanásia, para fazer experiências com embriões humanos e aprovar a união homossexual.
Cultura que investe numa mídia devassa, que destrói a família e os bons costumes, incentiva o sexo livre e irresponsável, transforma o ser humano em infeliz escravo de seus instintos. Cultura que fomenta a corrupção e a violência, a tal ponto de não querer e não saber mais como punir.
Em meio a essa realidade, o Senhor nos chama, unge e envia. Nossa missão não é mais fácil nem mais difícil que a dos irmãos que nos precederam. Temos o chamado e a promessa. Lancemo-nos sem medo, afinal somos discípulos para o nosso tempo.
Dalva Sanches
Missionária Canção Nova falecida em 2009