Desconhecemos a hora, o momento exato em que o Senhor virá. Tampouco sabemos se nós a Ele iremos antes d’Ele vir a nós. O encontro, todavia, foi confirmado.
Tempo de preparação: o que fazer? Como ir? Em que estado ser encontrado? Qual a roupa mais adequada? Questiono o espelho enquanto corre o relógio. Pode ter sido o último este meu dia: como o encerrei? Hoje, eu amei? Qual será o meu legado?
A vida nesta terra compara-se a um ensaio: preparo para a grande festa, o grande show da eternidade, que às portas já está. Entretanto, um grande show já começa no ensaio. O espetáculo que está por vir poderá ser abrilhantado com as imagens desses dias: erros e acertos, falhas e consertos, sorrisos que superaram as lágrimas, olhares que enxergaram mais longe que a aparente realidade. Sonhos e esperanças… Cenas tão corriqueiras, capazes de extasiar um olhar desapressado.
Minha casa. Minha família. Meus amigos. Com que empenho me dediquei em cada ensaio?
És uma criatura de tão breve existência! Um sopro, uma noite. Uma vela que se apaga, quando tantos canhões de luz se acendem. Como é breve, pobre homem, tua vida nesta terra diante daquele grande evento: o show da eternidade.
Responde-me, ó espelho, como vai o teu ensaio?
A aurora do grande dia, aquele sem ocaso, já percebo despontar. Teu céu aqui começa, ó espelho, enquanto vives a esperança: dás de ti o melhor sonhando um mundo diferente, construindo o reino do amor.
Amor que não é mero acorde, mas trilha vital, que enriquece com seu compasso, e convida a triunfar nos embalos de uma dança, novo canto, a cada dia. Continuamente e sem fim!
Grande abraço,
Maranathá!!
Edmilson Dias
Seminarista – Canção Nova