Dia do Senhor (Parte 2)

Partilho com você mais um pouco do que aprendi na leitura da Carta Apostólica Dies Domini, sobre a santificação do Domingo:

O pontífice segue, salientando o aspecto eclesial do domingo, dia da assembléia eucarística. Ele sublinha que embora não ter um estatuto diferente daquela celebrada em outro dia da semana, a eucaristia do domingo tem a função de enfatizar a unidade de toda a Igreja fomentando o sentido da comunidade eclesial. Por isso não se deve encorajar as Missas dos pequenos grupos, mas promover a unidade das diversas expressões de Igreja em torno do mesmo altar.

O dies Ecclesia ajuda a lembrar o caráter de peregrino e a dimensão escatológica do povo de Deus, é o oitavo dia – que orienta o cristão para a meta da vida eterna – para o dia sem ocaso, o domingo sem fim (isso faz recordar o Prefácio dos Domingos do Tempo Comum, IX, que reza: “…Hoje a vossa família, para escutar a vossa Palavra e repartir o Pão consagrado, recorda a Ressurreição do Senhor, na esperança de ver o dia sem ocaso, quando a humanidade inteira repousará junto de vós…”). Por isso é dia da esperança, uma vez que a Igreja assume as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem.

Na liturgia eucarística nos colocamos diante da mesa da Palavra e da mesa do Corpo de Cristo, num só culto. Nesse aspecto o documento salienta a necessidade da não omissão da homilia nas missas de domingo e das festas de preceito, a não ser por motivo grave, de modo a fomentar cada vez mais nos fiéis aquela fome da palavra de Deus. Também notamos uma ênfase na orientação para que a palavra de Deus seja proclamada com clareza e preparo, bem como os cânticos que devem ser preparados com devida atenção à sua qualidade (tanto no que se refere aos textos como às melodias) de modo a exprimir a mensagem da liturgia dominical.

Atualização viva do sacrifício do Gólgota, na missa os fiéis unem seu sacrifício ao sacrifício de Jesus. Cristo é oferecido ao Pai com o mesmo gesto da imolação com que se ofereceu na Cruz, todavia de modo incruento.

Unidos em torno do altar, o banquete pascal é também oportunidade de encontro fraterno, e de modo especial, a troca do sinal da paz é um gesto que exprime empenho de amor recíproco. É a eucaristia que impele o discípulo de Cristo à missão de modo que terminada a assembleia o fiel retorna ao seu ambiente cotidiano com o compromisso de fazer da sua vida sacrifício agradável a Deus.

Peço a Deus que essas reflexões ajude-nos a tomarmos consciência do tamanho mistério que somos chamados a celebrar a cada Domingo, Dies Domini.

Grande abraço,

Maranathá!!

Edmilson Dias

Seminarista – Canção Nova


JOÃO PAULO II. Carta apostólica “Dies Domini” do Sumo Pontífice João Paulo II sobre a santificação do domingo.

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