Limites: do abismo ao trampolim

Quem disse que ter limite é coisa negativa? Reconhecer nossos limites é imprescindível para nós que queremos vencer os obstáculos da vida.

Os limites nos indicam o quanto podemos fazer no espaço que temos; permite que saibamos aonde podemos ir, como também pode ajudar na defesa do nosso território.

Utilizamos os pronomes possessivos para defender o que é nosso, para atestar a quem pertence. Porém, faz-se necessário que entre nossos pertences estejam também elencados os nossos limites.

Na ilusão de anulá-los ou de ignorá-los corremos o risco de acentuar a nossa vulnerabilidade. Muitos de nós permitimos que nossa vida seja saqueada por não levarmos em conta a realidade: temos limites, eles estão aí a nos cercar. Somente que, uma segunda observação poderá ajudar-nos a perceber que tais paredes são estratégicas: elas têm a função de defender o nosso território.

Precisamos ajustar o foco da nossa visão e encarar nossos limites como oportunidades. Do contrário, o que deveria ser utilizado como escada, trampolim ou porta, se transformará em abismo colossal.

A liberdade é verdadeira quando a fantasia dá lugar à realidade de que somos finitos e a partir desta constatação buscamos saciar a nossa sede pelo Infinito, pela plena liberdade, na fonte correta.

[Disse Jesus:] sem mim nada podeis fazer” (cf. Jo 15, 5).

Grande abraço,

Maranathá!!

Edmilson Dias

Seminarista – Comunidade Canção Nova

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