Verdade ou mentira, a corrupção é um câncer, uma desgraça que destrói pouco a pouco.
Será que com tantas acusações, o disse que me disse, e o que o Ministério Público e a Polícia Federal tem investigado até agora, e o que a imprensa tem noticiado sobre o caso da Petrobras: é verdade ou mentira? De uma coisa eu sei: o tempo vai dizer.
O sentimento que trago e que muitos brasileiros têm neste tempo é de indignação. Pois com tudo isso o país ainda vive em pobreza, fome e falta de recursos para educação e etc. Mas não percamos a esperança.
“De fato, nada há de escondido que não venha a ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar público. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” Marcos 4,22-23
Basta ter inteligência e ligar uma coisa com a outra, analisar as noticias e ligar os pontos pra saber que o Brasil sim está em crise política, e a corrupção neste país é notícias nos principais jornais do mundo. No entanto, o governo insiste em dizer que o Brasil não está em crise de corrupção.
Uma coisa é certa a “corrupção dos poderosos acaba sendo paga pelos pobres, os quais, pela ganância dos outros, acabam sem aquilo de que precisam e têm direito”, disse o Papa Francisco em homilia no dia 16 de junho deste ano.
Aos homens de boa fé, somos convidados e chamados a fazer a diferença no ambiente em que estamos; na família, no trabalho. Sejamos pessoas honestas, justos, misericordiosos. E na oportunidade que tiver cobrem dos políticos que você votou, aqueles que você escolher para te representar. #DigaNãoaCorrupção!
Em outra homilia o bispo de roma, enfatizou que o corrupto irrita Deus e faz o povo pecar, escandaliza a sociedade.
A corrupção é um câncer, uma desgraça que destrói pouco a pouco. Para combatê-la é necessário começarmos nas pequenas realidades que nos rodeia.
Para leitura e reflexão deixo abaixo alguns trechos da Evangelli Guaudim sobre a corrupção.
“Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum. Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras. Além disso, a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra. A tudo isto vem juntar-se uma corrupção ramificada e uma evasão fiscal egoísta, que assumiram dimensões mundiais. A ambição do poder e do ter não conhece limites. Neste sistema que tende englobar tudo para aumentar os benefícios, qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta. § 56
Assista a pregação: Sistema do mundo x Sistema de Deus com Monsenhor Jonas Abib
“Os mecanismos da economia atual promovem uma exacerbação do consumo, mas sabe-se que o consumismo desenfreado, aliado à desigualdade social, é duplamente daninho para o tecido social. Assim, mais cedo ou mais tarde, a desigualdade social gera uma violência que as corridas armamentistas não resolvem nem poderão resolver jamais. Servem apenas para tentar enganar aqueles que reclamam maior segurança, como se hoje não se soubesse que as armas e a repressão violenta, mais do que dar solução, criam novos e piores conflitos. Alguns comprazem-se simplesmente em culpar, dos próprios males, os pobres e os países pobres, com generalizações indevidas, e pretendem encontrar a solução numa «educação» que os tranquilize e transforme em seres domesticados e inofensivos. Isto torna-se ainda mais irritante, quando os excluídos vêem crescer este câncer social que é a corrupção profundamente radicada em muitos países – nos seus Governos, empresários e instituições – seja qual for a ideologia política dos governantes”. § 60
“Não podemos ignorar que, nas cidades, facilmente se desenvolve o tráfico de drogas e de pessoas, o abuso e a exploração de menores, o abandono de idosos e doentes, várias formas de corrupção e crime. Ao mesmo tempo, o que poderia ser um precioso espaço de encontro e solidariedade, transforma-se muitas vezes num lugar de retraimento e desconfiança mútua. As casas e os bairros constroem-se mais para isolar e proteger do que para unir e integrar. A proclamação do Evangelho será uma base para restabelecer a dignidade da vida humana nestes contextos, porque Jesus quer derramar nas cidades vida em abundância (cf. Jo 10, 10). O sentido unitário e completo da vida humana proposto pelo Evangelho é o melhor remédio para os males urbanos, embora devamos reparar que um programa e um estilo uniformes e rígidos de evangelização não são adequados para esta realidade. Mas viver a fundo a realidade humana e inserir-se no coração dos desafios como fermento de testemunho, em qualquer cultura, em qualquer cidade, melhora o cristão e fecunda a cidade”. § 75
“Quem caiu neste mundanismo olha de cima e de longe, rejeita a profecia dos irmãos, desqualifica quem o questiona, faz ressaltar constantemente os erros alheios e vive obcecado pela aparência. Circunscreveu os pontos de referência do coração ao horizonte fechado da sua imanência e dos seus interesses e, consequentemente, não aprende com os seus pecados nem está verdadeiramente aberto ao perdão. É uma tremenda corrupção, com aparências de bem. Devemos evitá-lo, pondo a Igreja em movimento de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo, de entrega aos pobres. Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes espirituais ou pastorais! Este mundanismo asfixiante cura-se saboreando o ar puro do Espírito Santo, que nos liberta de estarmos centrados em nós mesmos, escondidos numa aparência religiosa vazia de Deus. Não deixemos que nos roubem o Evangelho”! § 90
Entenda a Operação Lava Jato, da Polícia Federal http://folha.com/no1548049