O sentido da fé que não pára no sentimento
Os Apóstolos receberam diretamente do Senhor Jesus, as instruções de como conviver com o Espírito Santo que ele havia prometido, depois que voltasse para a casa do Pai. Os mesmos ensinamentos que receberam, os transmitiram aos outros discípulos e depois ainda a toda a Igreja que surgia e crescia após a Ressurreição do Senhor.
Eles, os apóstolos, foram os primeiros a esperimentar aquele encontro real com a Terceira Pessoa da Santissima Trindade. É ele, que, encontrando abertas as portas de nossa alma, nos guia, e é Luz, sobre nosso caminho, já desde aqui na terra.
Fala-se pouco ainda do Espírito Santo, com excessão de nossos ambientes carismáticos, e se critica muito infelizmente ainda, quem tem esta sensibilidade e conheceu por meio dele, as coisas de Deus e mudou suas vidas.
Com ele podemos ter uma relação intima e salvifica, como dizia S. João da Cruz. Uma amizade que nos ajuda em nossa missão, porque é “LUZ ” aos nossos passos.
É o mesmo Espírito Santo de Deus porém, o primeiro a querer que o acolhamos em nossa vida, para continuar a revelar-nos o amor trinitário, a despertar daquela espécie de sono do espirito, onde está talvez adormentada a nossa fé.
De fato, a ausência real e attiva do Espírito Santo em nossa vida espiritual depois do Batismo, abre espaço para não encontrar aquele tempo e que sempre vem à tona, para nao ir ao seu encontro…, onde depois de um tempo, não sentimos mais a necessidade da oração, da Eucaristia dominical, de escutar a Palavra de Deus, de nos confessar, de sermos bons, caridosos, puros de coração e assim por diante. Isto faz de nós aos poucos, pessoas puramente terrenas, e as coisas importantes se tornam aquelas que os nossos olhos vêem, e o que é certo “para mim” e “do jeito que penso”.
Ele, suscitou nos primeiros cristãos, um amor forte por tudo aquilo que Jesus deixou e revelou, de fato, aprendemos dos santos que Ele, é o Mestre de nossas vidas, Mestre na oração, nos ensina a orar como convém e nos da a graça para discernir como principalmente a Deus, convém, segundo a sua graça e em sua vontade. Tudo isto preencheria nossa alma!
Diz assim S. Paulo:
“Do mesmo modo, também o Espírito vem encontro à nossa fraqueza, porque não sabemos nem o que seja conveniente pedir, mas o Espírito intercede com insistenza por nós”. (Rm 8,26).
E ainda:
“...Assim os segredos de Deus, ninguém os conheceu senão o Espírito de Deus”. (I Cor 2,11).
É isto meus amigos e amigas, é um pouco do que faz o Espírito de Deus em nossa vida, quando o deixamos agir e trabalhar em nós; isto acontece quando fazemos dele, aquele amigo com o qual conversamos em nossa oração, visitamos, suplicamos e seguimos seus conselhos. Ele é nosso Mestre interior se queremos.
É Ainda ele quem, com sua força, nos faz manifestar em alegria e passos de dança no louvor, o amor e a certeza de sermos amados.
Te convido agora a rezar comigo assim:
Senhor, quero o teu amor. Preciso do teu amor. Te procuro ou te procurei sempre, onde não te encontravas, em pessoas erradas e me encontro sempre vazio, vazia, dentro. Prenche-me com teu Espirito e minha alma reencontrará a vida. Para meu verdadeiro bem, renego a tudo o que me distanzia de ti, Santo Espírito de Deus, para possuir tua amizade, para viver em tua presença como meu tudo. Amém.
O Senhor te de a Paz!
Padre Antonio Lima.