Estamos a descartando os nossos jovens.
Eles lentamente estão a «escorregar no desencanto». Mas não os podemos abandonar: precisam de quem lhes saiba dar «fé e esperança». Disse o Papa Francisco.
A referência é à situação dos jovens latino-americanos, objeto da reflexão dos trabalhos da assembleia acabada de concluir: uma realidade que o Pontífice conhece bem e pela qual se preocupa de modo especial. Mas o seu pensamento não podia deixar de abranger todo o mundo juvenil, que em todos os recantos do mundo anda à procura de uma «utopia» destinada a infringir-se quotidianamente contra uma realidade dura e difícil.
Como resolver ou tentar resolver essa realidade? Para o Papa Francisco o encontro foi também a ocasião para recordar as suas experiências com os jovens latino-americanos. Por exemplo, recordou como precisamente devido a uma «má educação na utopia», alguns jovens pertencentes à Ação Católica, acabaram nas fileiras dos guerrilheiros. Depois, para tornar mais imediata a percepção do valor do vínculo geracional entre idosos e jovens, dise: «O encontro dos jovens com os avós – afirmou – é decisivo para receber a memória de um povo e o discernimento acerca do presente».