Dizia S. Francisco de Salles que o silêncio e a palavra não são imcompatíveis.
Realmente, silêncio e palavra, precisam caminhar juntos. O silêncio cria a palavra e vice versa. Nosso jeito moderno de comunicar em uma maneira geral, são marcados pela velocidade e são expressão de uma dimensão sempre mais necessária que são as redes sociais. Tem aqui portanto um desafio. Conseguir conciliar a lentidão com a necessidade de comunicar.
A comunicação da fé por exemplo, em seus vários modos, métodos e técnicas conscientes ou não, precisa a meu ver dar porém um pouco mais importancia ao silêncio, para saber bem falar dos mistérios que envolvem a fé. A comunicação pela música por exemplo, precisa ser precisa em seus conteúdos e melodias: existem momentos em nossos encontros e durante a própria Santa missa, em que uma música tem seu lugar a partir de sua melodia e conteúdo, para encaixar bem naquele determinado momento. Isto vale também para nossos grupos de oração. São coisas que sabemos. Não se toca nem se canta um canto só porque ele foi lançado por este ou aquele artista católico ou porque a “a música é linda”! Vejo que acontece muito por ai.
O canto é também servo e não tem a primazia sempre. Confundimos um pouco esta passagem entre o silencio, o cantar, o pregar, o calmar etc..
Conhecemos bem a importancia da música para a fé, precisa porém aprender a harmonizar e coloca-la em seu justo momento. Observemos bem este particular e reflitamos se é assim mesmo que acontece em nossos encontros, para darmos “o melhor pra Deus com harmonia”.
A lentidão, chama o pensamento, a reflexão e a escuta atenta. Quando se escreve uma letra de canção, não colocamos o que vem primeiro na mente, certo? Esta lentidão, que em um primeiro momento parece ser passividade, ela é o ponto forte do nosso falar e do nosso agir. Isto nao significa que a velocidade precise ser entendida como um mal. Esta não significa “simplesmente” que quem faz uso dela seja frenético, é um olhar resumido da realidade.
Precisamos sempre superar o teste do equilibrio entre exigência litúrgica e círculo mediático.
“In manus Tuas!”
Padre Antonio Lima.