A obra de Maria na Igreja

a_obrade_maria_na_igrejaNa Festa do casamento em Caná, lemos em joão 2,1-2, que Maria estava presente atenciosa e à disposição.

Lá, ela atuou seu papel de Mãe. Ela faz como mulher e mãe seu papel materno, realizando não somente a sua maternidade em relação a Jesus, ela é mãe de todos, sendo a mãe de Jesus: de fato, Sião era considerada como a única mãe que, depois da dispersão do exilio, recolhia os seus filhos na unidade e na paz. Maria, a filha de Sião, é a mãe dos que creem, a mãe da Igreja.

Convidando os servos daquele casamento de Caná a fazerem o que Jesus havia dito, Maria se manifesta mãe que conduz os discipulos à fé no Senhor e preenche de alegria o coração dos esposos. Maria foi aquela que se preocupou com os esposos e iniciou já naquela hora, seu zelo, o que Jesus lhe confiaria da cruz (Jo 19,26-27).

A função materna de Maria diz respeito à vida dos discipulos. Sua presença é simbolo da obra que ela faz até hoje na Igreja. Ser mãe segundo o modelo da aliança de Sião e em relação ao diálogo com Jesus aos pés da cruz.

A obra de Maria na Igreja é a sua maternidade, é seu ser mãe de todos que com amor acolhe, justamente porque ama com amor puro, gratuito e desinteressado. Este tipo de amor é divino e verdadeiro. Ė amor de mãe. De fato, o amor de quem ama divinamente, nao busca o lucro e o interesse pessoal; mas é puro até o ponto que a exemplo de Maria esta pronto a “dar a vida confiando na açao da providência e da misericórdia”.

Assim a oração de S. João Paulo II é considerada a oração de toda familia cristã: « Que a Virgem Maria, como mãe da Igreja, ela é também a mãe da “igreja doméstica”, e graças à sua ajuda materna, cada familia pode ser uma “pequena igreja” na qual poderiamos ver espelhado o mistério da Igreja de Cristo. Seja Ela a serva do Senhor, o exemplo de acoglimento humilde e generoso da vontade de Deus; a mãe das dores aos pés da cruz, a confortar e enxugar as lágrimas dos que sofrem pelas dificuldades em suas familias». (Familiaris consortio, 86).

Se, querendo estar no amor, não se ama, ficamos do lado de cá das jarras de petras… e não acontecerá algum milagre. Enquanto que estando cada um em sua propria condição, do lado do amor ao próximo, como a “Mãe”, vimos transformados em familia de Deus onde as jarras preenchem-se sempre até a boca, e transbordam da presença do Espirito Santo, por meio de Maria.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Seu irmão, Padre Antonio Lima.