Acredito que a oração de louvor nos projeta em Deus por ser libertadora, nos livra dos condicionamentos terrenos para nos projetar em Deus. Ela nos livra do nosso eu para levantar os olhos ao céu, de modo desinteressado e gratuito, nisto, os salmos são o exemplo maior: “Te louvo Senhor, porque és meu Deus”.
Esta é chamada de oração carismática, que por ser tal é comunitaria, põe ao centro a pessoa de Jesus e a ação do Espírito Santo.
O louvor não somente nos projeta em Deus libertando do dobramento sobre nos mesmos mas quando verdadeiro o louvor “obrigatoriamente” leva a amar os irmãos.
“Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vos, e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos o outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que dar a vida pelo irmão (Jo 15, 11-14).
Não podemos louvar o Senhor se não tem a harmonia da sua graça dentro de mim e com a comunidade. Muito eficaz neste sentido é o louvor em línguas, ele expressa o que ja existe na comunidade: isto é, a presença do Espírito Santo de Deus e a união plena em Cristo. Para isto a importância do sacramento da confissão, que nos leva a voltar a graça pelo perdão sacramental.
Assim criamos amor fraterno enquanto louvamos e é esta dimensão, a do amor segundo o mandamento de Jesus, que cria aquele ambiente onde o Espirito pode fazer florescer os seus dons e carismas.
Procuremos, amigos e irmãos estar dentro desta harmonia da graça para que nossa oração e nosso louvor sejam bem aceitos diante de Deus por Jesus no Espírito Santo. Busquemos esta dimensão comunitaria fraterna para que seja verdadeiro o nosso louvor. Evitemos na comunidade, no grupo de oração e no testemunho pessoal que nossa manifestação de louvor seja inútil como diz a Palavra: “Este povo me honra com os lábios”…
Coragem, corramos ao trono da graça sempre que nos sentimos fora dela por qualquer motivo de pecado que a consciência nos adverte.
O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.