A realidade é outra (Mateus, 7, 1-2)

A realidade e outraO 8° mandamento da Lei de Deus ajuda àquele que crê, a viver a própria fé segundo Deus e nunca a partir do próprio ponto de vista.

Quando estamos diante de uma situação ou de algum acontecimento na vida de alguém que conhecemos, ou que temos conhecimento diretamente ou indiretamente, e mais, quando não acreditamos no que geralmente mostram falamos: “A realidade é outra!” ja percebeu? pois, bem.

Esta frase tão expontanea não sai do nada da nossa boca. Aliás, nada do que dizemos sai do nada da boca de quem fala. aquii, o segredo da vivência do 8° mandamento da Lei de Deus. Julgar tem a ver com o dizer que a realidade é outra, pois não sabemos com certeza se realmente a realidade é como imaginamos, mesmo diante das evidencias, porque elas são sempre aparencias. E’ evidente o que aparece, mas tudo o que vem evidenciado é sempre a verdade? ou fica sempre no espaço do ponto de vista pessoal?

Sem nos dar conta, acontece até mesmo em ambientes de igreja, ou seja, entre pessoas conhecidas e que caminham juntas na fé de um modo ou de outro…, no meio paroquial, nas comunidades, nos grupos de oração ou nos encontros de reza, nos grupos pastorais, entre padres, leigos e leigos consagrados, na concorrencia para mostrar ser o melhor, nos pequenos meios de trabalhos ou em nossas empresas onde passamos o dia trabalhando e por ai vai… O que é mais delicado ainda é que geralmente essa frase que diz respeito ao oitavo mandamento, tem sempre a ver em relação à pessoa, ou ao grupo de pessoas, com quem temos ou criou-se uma situação mal resolvida.

A realidade é outra! Dizemos quando pensamos diferente. Mas não temos certeza da verdade e da realidade “em si”. E Jesus diz: “Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós”. (Mateus, 7, 1-2). Como esta, em muitas outras pequenas ou grandes situações, mesmo ouvindo a voz do Espirito Santo que la no fundo nos sugere para não pecar, nos damos conta do seu conselho, mas estamos assim tão habituados que nem reconhecemos sua voz sutil e delicada, e vamos adiante no julgamento.

Vamos rezar juntos? “Senhor Jesus, eu não quero julgar mais as situações e as pessoas para não ofender-vos, da-me a graça de ser curado, curada, desse pecado tão sutil e que passa despercebido em minha alma, envia-me Senhor, a cada minuto o teu Santo Espirito, para que possa reconhecer sua voz mesmo em meio ao barulho que permeia a minha mente e não me faz calar, Senhor, eu quero viver em tuas mãos e na escuta da tua voz; arranca de mim todo espirito de distração para que fique atento, atenta, ao oitavo mandamento de tua santa vontade. Senhor, é dificil, mas eu quero e contigo eu posso viver obedencendo nas minimas situações a tua vontade. Louvores e glorias a Ti, Senhor Jesus!”.

In manus tuas!

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.