A Sagrada Liturgia da Igreja nos ensina e nos predispõe a render graças e louvores a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito Santo unindo-nos à comunhão que existe no céu com Maria Santissima, com os anjos, e os santos e santas do céu. Ela faz experimentar a esperança da graça eterna por meio da súplica e da contemplação. Nela experimentamos emoções, moções, impressões que sobem do coração da Igreja por meio da comunhão com o mistério da salvação. A contemplação caracteriza a assembrea reunida, de outros gêneros de asemblearidade eclesial.
A reunião da assemblea litúrgica não é uma escola de teologia, neste sentido portanto não é uma assembléa para debater ou, um encontro para troca de opiniões: estas formas de espressão podem ser manifestadas em outras oportunidades. Na assemblea fazemos experiência de oração em particular, nela está certamente presente o dogma, mas para ser transformado em piedade, oração: Piedade e oração da Igreja. O mistério se faz piedade.
A liturgia professa o que a comunidade significa e ora, eleva a propria oração o mais possivelmente como oração comum e não tanto individual. Nesta oração, objetiva e exemplar, inscrita nos seus termos e em seus fins dentro do mistério, assumimos o seu espirito próprio que o de ser oração comunitária .
Daqui podemos refletir que o que é estranho à Liturgia: é a distração, o que não é oração e o que pode levar ao que separa ao invés de unir, as divergências e as faltas de caridade dos cristãos.
A celebração, longe do que lhe estranha, pode ser chamada somente assim, de grande ação de contemplação, ela causa uma saida de si, uma libertação dos próprios interesses, necessidades e condicionamentos, para dirigir o olhar e recolher o afeto sobre o mistério, do que ela mesma siginifica.
Vem revelado ao seu interno o rosto de Jesus, são reveladas as Escrituras; nela, Jesus nao é convidado e nem “o convidado especial” mas, Aquele que nos convida ao Banquete, quem convida é o que se encontra ao centro de tudo. E’ Ee que gera a festa.
Na Liturgia encontramos:
O significado da oração como contemplacão e o siginficado da mistica cristã.
Ė nela que somos direcionados ao mistério e à mística, contra o perigo do subjetivismo litúrgico bastante difundido, que perde o contato com a sua origem e não evita que nos desperdicemos do seu ambiente místico. Ė neste sentido que a oração da Igreja é mística, porque a Igreja por sua natureza é “mistica, ela é a Esposa apaixonada do seu amante o Senhor”.
Esta responsabilidade se nota por exemplo: nas indiscreções invasivas das palavras e das palavras inúteis, nos rituais pitorescos, que estão no limite do bom gosto muitas vezes e da ortodoxia. Tudo isto por conta os arbitrios da “criatividade” de quem preside a celebração in persona christi Capitis” – expressão que não está no lugar de Jesus Cristo cabeça mas em sua representação e a seu serviço, no ato de servir a comunidade que celebra, nos lembrava o Concilio Vaticano II.
A partir daqui, aquelas iniciativas e ideias estranhas que invadem e forçadamente são colocadas na celebração, de onde quer que sejam ou que provenham, são verdadeiras ações de prepotência contra a mistica e a contemplação do grande mistério da presença do Senhor; tem uma consequencia: aquela de prejudicar e alterar a eclesialidade ou seja, o sentido de comunidade e, distrae do seu essencial que é Cristo! – criando assim um desconcerto e uma distraçao daquilo que ela é e significa.
“In manus Tuas”
Padre Antonio Lima.