Aquele filho teve a coragem de pedir perdão

Entenda a parábola do filho pródigo

“Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos” (Lc 15, 1-3.11-32).

Jesus não contou esta parábola por acaso, mas nela ele manifesta a misericórdia de Deus que è Pai e que está sempre pronto ao perdão de seus filhos. Não por acaso, Jesus usa palavras e imagens, para falar deste amor que desde sempre existe no coração de Deus.

S. João define o ser de Deus como: “Amor” (1 Jo 4,15-16).

E’ surpreendente saber que Jesus toca os corações e ensina que precisa viver a partir do coração, isto significa amar como o Pai: e amar è servir, é se doar sem reservas nem racionalismos, sem uso de “taboadas” para contar o quanto, o como, nem o que, quando se ama.

É a parábola da gratuidade e a misericórdia, a caridade, são gratis, são dons. Esta è a verdadeira justiça, aquela que se manifesta no comportamento do Pai para com aquele filho. Justica è amor, è misericórdia em Deus. Precisamos aprender a viver a justiça como expressão de amor, isto è, de caridade: É nosso dever ser misericordiosos!

Se é porém tentados a não querer a amar como aquele Pai, e sim, segundo uma determinada métrica…  E assim se è muito capazes de julgar, antes de abraçar o próximo para ama-lo e compreende-lo entrando em seu coração. Meu Deus como somos capazes disto! E não poucas vezes prontos a entregar a juizes e tribunais como se fossemos “deuses”.

E o Senhor cobrarà: “Onde està o teu irmão”… o que responderemos?

Infelizmente isto ocorre muito até mesmo comigo ou com voce, que nos declaramos pessoas obedientes e tementes a Deus, que seguimos Jesus e falamos dele dos tetos. Precisamos refletir sobre este comportamento farisaico que esqueceu a importancia do abraço que perdoa e que compreende. Arrependamo-nos irmãos! Voltemos humildemente ao braços do Pai e nos convertamos em nome do Senhor Jesus.

Jesus condena este gesto farisaico onde o amor, a justiça não são vividos segundo o coração de Deus. Não se ama em Deus, estabelecendo por conta própria qual é a verdadeira justiça, desprezando de consequencia sem ter-se certeza do que o outro vive, negando-lhes até a possibilidade de mudar.

É significativo o modo em que Lucas introduz a parábola do fariseu e do publicano. «Disse também a alguns que se tinham por justos e desprezavam os demais, esta parábola» (Lc 18, 9). Jesus era mais severo com aqueles que, com tom depreciativo, condenavam os pecadores, que com os próprios pecadores.

Amemos, e sirvamos não somente os que nos são queridos, simpatizamos e pensam como nós.

Ontem, hoje ou amanhã, quem voce encontrou, encontra ou vai encontrar, necessitado de amor, e seu coraçao mexe, convidando-o a servi-lo, e a ama-lo, a dar-se espiritualmente ou materialmente, amanha pode ser voce, aquele necessitado de amor, de misericordia e de justiça.

Nesta parábola, a alegria se transborda e se converte em festa. Aquele pai não cabe em si, porque sabe amar a partir do coraçao, e não sabe o que inventar: ordena dar as vestes de luxo, o anel com o selo da família, matar o carneiro cevado, e diz a todos: “Comamos e celebremos uma festa, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado” (Lc, 14, 22-24).

Voce e eu podemos amar assim, se nos jogarmos na obediencia ao amor!

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.