O Papa Francisco, em sua mensagem para o 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado, falava que “As vocações são testemunho da verdade”. Ao citar o evangelho o Papa lembra a conhecida passagem onde Jesus se enche de compaixão ao ver a multidão cansada e abatida como ovelhas sem pastor e diz aos discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe” (Mt 9, 35-38).
Lembra o Papa que “é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande”. O campo é a humanidade, a ação eficaz, deve-se à graça de Deus e à comunhão com Ele ( Jo 15, 5). Só Deus pode conceder que a messe seja grande; a nós fica a incumbência de mostrar nossa gratidão por nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele. E isso deve acontecer “quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal”, quando se faz necessário “superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus”.
Ele nunca nos abandona”. Sua vontade e desígnio é a realização do seu projeto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
O Papa Francisco afirma que “também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças”. A voz de Cristo, ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação, faz o convite para “ouvir e seguir Jesus, a deixar-nos transformar interiormente pelas suas palavras que são espírito e vida. Ouvir também Maria, Mãe de Jesus e nossa, que nos convida: “Fazei o que Ele vos disser”. (Jo 2, 5).
Deve nos chamar à atenção, de modo especial, a constatação de que viver a plenitude do chamado “significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas”. (Mt 13, 19-22).
O Papa termina pedindo que disponhamos o nosso coração para que seja “boa terra” a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar frutos. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, pela Sagrada Escritura, pela Eucaristia, pelos Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, tanto mais crescerá em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço da misericórdia e da paz. Amem?
“In manus Tuas”
O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Tonino Lima.