Católicos desparafusados?

Catolicos desparafusadosPrecisa insistir e não desanimar diante das dificuldades spirituais

“Quero cantar eternamente os louvores do Senhor, elevar um canto àquele que me libertou”, canta o salmista. O primeiro grito de um prisioneiro é um hino à liberdade: é a liberdade o primeiro sinal, a primeira certeza, que o louvor nos sigila a alma. Penso que seja redutivo, definir o louvor como um simples agradecimento a Deus, formal e apressado que Deus espera de nós  e que nós lhe devemos obrigatoriamente oferecer.

Não se trata de uma fórmula bem preparada, de uma oração escrita somente, para recitar mecanicamente e assim obter qualquer coisa dele. (cfr. A inércia e o formalismo fecham a porta à salvação, homilia do Papa destes dias passados: http://papa.cancaonova.com/inercia-e-formalismo-fecham-a-porta-a-salvacao-diz-papa/ ) Louvar é … como que mergulhar em uma cascata de agua viva que lava e purifica em profundidade a nossa alma, deixando-a pura como a de uma criança. É dificil definir o “estado” em que a pessoa se encontra,  quando vive realmente o louvor. O Salmista, pelos poemas e canticos de agradecimento, nos deixa entender a alegria de quem aprendeu a louvar e não sabe terminar seu dia sem um momento de louvor alegre de agradecimento e suplica.

O que se tem para cantar, agradecer e alegrar-se, porque agradecer assim de modo tão “esagerado”? esta é a pura razão humana que pensa assim porque não quer saber de colocar-se nesta perspectiva divina: de libertar-se do julgamento que se faz aos catolicos aparentemente “desparafusados”.

Mas, “E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus.” (Evangelho de S. Mateus, 18,1- 4).

Simples como crianças …

“In manus Tuas”,

Padre Antonio Lima.