O consagrado é aquele que prometeu a Deus fidelidade: omunidade de vida e a vida de consagração: altar da caridade:
Para que o vinho não se transforme em vinagre.
A vida em comunidade tem como base os conselhos evangélicos vividos diariamente e comunitariamente, A Palavra do Senhor fortalece os consagrados e os torna missionários a todos os efeitos para contribuirem junto a toda a Igreja para a difusão do Reino de Deus, revelado pelo Filho, o Senhor Jesus. (cfr Mt 22,39).
A vida de comunidade, garante e legitima os consagrados em sua ação missionária em meio ao mundo (cfr Gv 1,13). A vida em comunidade facilita o testemunho de vida no exercicio diario e constante dos conselhos evangélicos que o viver em comunidade requer, cada comunidade segundo o carisma que o Espírito Santo de Deus, inspirou no coração daquele que Ele escolheu para dar inicio, corpo e forma àquele “sopro”. (cfr. Documento Mutuae relationes, Congregazione per i Vescovi e CRIS, 11, 1978). Isto, para o bem de todo o povo de Deus. (cfr. Concilio Vaticano II, 1964, Lumen Gentium, 44).
A vida de consagração è um compromisso para com Deus primeiramente, onde a pessoa que com liberdade escolheu de viver aquele compromisso, nela, este compromisso è realizado com uma promessa ou voto a Deus em sua Igreja.
Isto acontece através de uma promessa, amadurecida no tempo, até chegar a uma promessa definitiva de serviço humilde o mais santo possível,
Assim como no Sacramento da Batismo, da confirmação ou Crisma, da Ordem, do Matrimonio, o leigo consagrado emite aquelas promessas, onde se compromete por toda a vida.
È o famoso “VEM E SEGUI-ME” de Jesus, que chama para o serviço exclusivo do Reino. (cfr Mt 19,16-30). Claramente não è um sacramento, a promessa pública de consagração ao reino, dos membros das comunidades, mesmo se è parecida, enquanto è sempre uma promessa ou um voto a Deus.
Imagine um padre, um esposo ou uma esposa, que prometeram fidelidade a Deus naquele sacramento!
Romper aquela fidelidade à promessa feita a Deus, não é sinal de virtude e de sinceridade, é um voltar atraz, no que se escolheu: A escolha de uma vida consagrada, è uma escolha livre de viver em humildade, para santificar-se, para “depois” por-se a disposição de Deus para santificar os irmãos.
Como santificar se não se renuncia ao pecado para santificar os irmãos?
Encontramos no Evangelho de S. Lucas do que promete a Deus de viver na pequenez e no escondimento para servir o Senhor somente e da pra traz, para satisfazer seus próprios desejos e vontades em vista de interesses pessoais. E Jesus diz, Reflitamos:
“O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.
Foram então para outra povoação. Enquanto caminhavam, um homem lhe disse: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que vás. Jesus replicou-lhe: As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
A outro disse: Segue-me. Mas ele pediu: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai. Mas Jesus disse-lhe: Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus.
Um outro ainda lhe falou: Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa. Mas Jesus disse-lhe: Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus”. (Lc 9, 56-62).
Para este tipo de seguidores que querem servir o Senhor como eles próprios querem e não como o Senhor quer, sem querer obedecer às exigencias do Servir, que è “deixar tudo” e dar espaço a obediência a Palavra do Senhor, a estes, a resposta de Jesus è bem clara. Percebem?
Porque para eles, são importantes os próprios, sonhos, interesses e projetos pessoais, ao invés daqueles que são os interesses do Reino de Deus “propriamente dito”. Estes Jesus não ousa chamar dignos de segui-lo como consagrados.
O consagrado è aquele que prometeu a Deus e continua fiel a sua promessa, dentro de um carisma inspirado pelo Espírito Santo.
O consagrado que não è sacerdote, é sempre um leigo, mas um leigo consagrado.
O leigo que fez uma promessa pública de viver toda a sua vida, a cada minuto, para o Reino de Deus e viver o mais perfeitamente, decidiu de viver em uma comunidade, dentro de um carisma que o ajuda a viver sua consagração e tornar-se o mais santo possivel para corresponder à promessa a Deus.
È aquele que decide viver “fora da mentalidade do mundo para não cair na tentação e ceder aos seduções do mundo: ganancia, ganancia de riqueza, de prazeres, interesses egoistas, satisfacões desenfreadas, acumulo e cobiça de bens, casas, terras, desejos e caida nos prazeres da carne fora do Sacramento do matrimonio, infidelidade conjugal, orgulho pessoal, vaidades etc..
Tudo isto leva o servo, ao distanciamento do que è essencial para a propria salvação: Deus como tudo!
Diferente è o leigo que não sentiu o chamado à consagração de toda a sua vida para o serviço do Senhor, dentro de um projeto de vida ou carisma em uma familia religiosa, querida por Deus, inspirada pelo Espirito e colocada na alma de alguém para este projeto divino.
Em vista do Sacramento do Batismo e da Consagração, o leigo que não optou por uma vida de total dedicação, é sempre um consagrado, um missionário, legitimado a anunciar o Reino de Deus ao mundo, em vista do Santo Batismo como disse, porém, exposto ao pecado, e com muito menos possibilidade de uma vida santa e bem mais facilidade para cair nas seduções do mundo como falava-se acima. (cfr. Papa Francisco, festa da apresentação do Senhor, XXII jornada mundial da vida consagrada, homilia do Santo Padre Francisco, Basilica Vaticana, 2 de fevereiro dee 2018).
O Papa Francisco lembrou a necessidade do serviço generoso na vinha do Senhor e a alegria de rezar para ir ao encontro dos que mais precisam da ação da Igreja:
“Nós consagrados somos consagrados para servir o Senhor e servir os outros com a Palavra do Senhor. …Onde rezar não é perder tempo, adorar Deus não é perder tempo, louvar Deus não é perder tempo”.
Que o Espirito Santo ilumine aqueles que estão para dar o passo e a promessa para o serviço do Reino, e possam acolher os convites do Espírito Santo que sopra na alma a cada instante, em docilidade e humildade para não esquecerem e não esquecermos também nós, que o nosso ponto de chegada é a vida de santidade, que consiste numa vida total de amizade com o Senhor da paz, Deus nosso Pai.
O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.