Os primeiros discípulos se jogavam pela fé, nas mãos do Senhor.
Estamos em um periodo em que a Igreja nos chama a mergulhar profundamente na graça da ressurreição, este é o tempo favorável de nos comprometer com o caminho de conversão que queremos, com todas as forças que possuimos, fÍsicas e espirituais.
O nosso corpo, braços, pernas, mãos, nossas estruturas ósseas, nervos, músculos, movimentos etc, e também a mente e suas intenções, os pensamentos, os desejos, as nossas vontades, até chegar à alma e envolver assim todo o nosso ser, em uma continua conversão quotidiana. Somente quando fizermos com que corpo, alma e intenções, participem deste processo de mudaça, poderemos afirmar a nós mesmos: Sim, estou e quero, com todas as minhas forças, viver em uma continua conversão!
Não foi diferente para os que seguiam Jesus.
Eles se jogaram desta maneira nas mãos do Senhor, chegando ao ponto de esquecer suas próprias vidas e projetos, para antes abraçar o que o Pai queria deles por meio de Jesus. Tudo o que Jesus pedia, os discípulos e os que o seguiam, o faziam completamente e no momento que ele o pedia. Eles colaboravam para terem a graça de ter o espirito de obediência ao Senhor Jesus.
Por isso receberam tantas graças até mesmo após a morte do Senhor. Madalena viu o Senhor ressuscitado “no dia seguinte” apos a ressurreiçao, os discipulos de Emaus, caminharam com ele, e puderam saborear daquela presença inexplicável, ao ponto de arder seus corações, os Apóstolos o viam, ele aparecia, conversava com eles, e comiam juntos. e tantas outras, como a de viver, conviver, com o Senhor, escutar seus ensinamentos de perto como os doze que dormiam, amanheciam, comiam, viajavam etc.. com o proprio Senhor. Sem esquecermos, receberam até mesmo a graça do proprio martirio!
Estas graças vinham do abandono, da conversão continua, completa e autêntica: com todas as forças que possuiam fisicas e espirituais: corpo, bracos, pernas, mãos, estruturas ósseas, nervos, músculos, movimentos etc, e também a mente e suas intenções, os pensamentos, os desejos, as vontades, até chegar à alma envolvendo assim toda a existencia.
Esta proposta de vida de Jesus é também para mim, e para voce.
Não aceitemos que nos falem do Senhor como se sua vida fosse somente uma linda e platônica poesia, ou uma historia do passado a ser contada e narrada, sem um envolvimento de conversão. A obediência “concreta” a seus ensinamentos e sua imitação de vida, é a mais linda poesia que um cristão deve saber narrar. A vida e o testemunho falam sem precisar de lindas e expressivas palavras. Este o segredo para discernir se a palavra fala, como diz o Senhor, do que o coração esta cheio.
A melodia musical mais linda que possa existir esta na voz da alma que, convertida, canta os louvores do Senhor que nascem de uma vida vivida à sua presença 24 horas por dia. Dividir-se entre “eu…” e a “vontade do Senhor,,,” , um pouco para cada um, é o que não colabora para a graça que os discÍpulos tiveram de ver o Senhor.
Madalena disse aos discipulos, “Eu vi o Senhor” e quando vamos poder dizer que “vimos” o Senhor?
Seu irmão,
Padre Antonio Lima.