Os dons do Espírito Santo por meio do Sacramento vem dado a todos e a cada um.
O Espírito Santo foi-nos dado para produzir em cada um, aquela vida de Cristo e em Cristo que nos faz ser e viver nele e como ele: filhos no Filho. Neste sentido, são dons do Espírito Santo: a graça santificante, as virtudes teologais e cardinais, os sete dons, as Bem-aventuranças, os frutos do Espírito.
O que nos vem dado, os dons e carismas, são para o bem da Igreja toda! Entre estes, pode ser necessário distinguirmos aqueles que poderiamos assim dizer, organizam a Igreja, constituem os orgãos da Igreja de Cristo; eles são: o carisma, o dom do ministério apostólico que o Espírito da através de um rito sacramental, o carisma, o dom da vida consagrada, que a Igreja reconhece publicamente, e o da vida matrimonial.
Existem outros dons e carismas, que se caracterizam em dons dados para a utilidade comum e não destinados principalmente para a santificação pessoal; são dons dados a um ou a outro e a alguns em particular, e não a todos ao mesmo modo. Segundo as Escrituras, para alguns prevalece o dom para todos e em outros caso o dom particular. (Romanos 12,4-8 e 1Corintios 12).
O brilhante texto do Concilio Vaticano II na Lumen Gentium sobre os dógmas na Igreja 12, nos ensina com autoridade que:
“Além disso, este mesmo Espírito Santo não só santifica e conduz o Povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas «distribuindo a cada um os seus dons como lhe apraz» (1 Cor. 12,11), distribui também graças especiais entre os fiéis de todas as classes, as quais os tornam aptos e dispostos a tomar diversas obras e encargos, proveitosos para a renovação e cada vez mais ampla edificação da Igreja, segundo aquelas palavras: ; «a cada qual se concede a manifestação do Espírito em ordem ao bem comum» (1 Cor. 12,7). Estes carismas, quer sejam os mais elevados, quer também os mais simples e comuns, devem ser recebidos com ação de graças e consolação, por serem muito acomodados e úteis às necessidades da Igreja. Não se devem porém, pedir temerariamente, os dons extraordinários nem deles se devem esperar com presunção os frutos das obras apostólicas; e o juízo acerca da sua autenticidade e recto uso, pertence àqueles que presidem na Igreja e aos quais compete de modo especial não extinguir o Espírito mas julgar tudo e conservar o que é bom (cfr. 1 Tess. 5, 12. 19-21)”.
E como se deve fazer para que os dons e carismas do Espírito Santo, uma vez reconhecido pela Igreja, possa continuar a edificar e sirva para a utilidade e não seja para danificar a propria igreja ou a pessoa? (Mt 7,21-23).
Este bem a meu parecer acontece se o carismático, nutre e dentro de si as virtudes da obediência à autoridade da Igreja, humildade a qual, somente ela constroi o carisma, e a caridade que é a mais importante, conforme o mandamento novo de Jesus do amor.
O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.