Falando do Espírito Santo o Papa Bento XVI pronunciava em uma ocasião estas lindas palavras esclarecedoras da presença do Espírito Santo na Igreja.
Dizia que o que o ar è para a vida biológica, o è o Espírito Santo para a vida espiritual. E assim como existe a poluição atmosférica, que envenena o ambiente e os seres viventes, assim existe uma poluição do coração e do espirito, que mortifica e envenena a existencia espiritual.
E continuava: Todas as vezes que celebramos a Eucaristia, vivemos na fé o mistério que se realiza sobre o altar, participamos do supremo ato de amore que Cristo realizou com a sua morte e ressurreição. O único e mesmo centro da Liturgia da vida cristã – o mistério pascal – assume formas e significados com dons de graça.
… Foi o próprio Cristo que trouxe o verdadeiro fogo do Espírito Santo sobre a terra, Ele não arrancou dos deuses como o fez Prometeo, segundo um mito egípisio, mas se fez medianeiro para que o dom do Pai chegasse até nós, obtendo-o para nós com o maior ato de amor da história, a morte na cruz. O Pai quiz continuar a doar o dom deste “fogo” a todas as gerações humanas, e naturalmente é livre de fazer o mesmo quando e como quer. Ele é espirito e o espirito “sopra” onde quer (Jo 3,8).
Existe uma “via normal” que Deus mesmo escolheu para acender o fogo sobre a terra, esta via é Jesus, o seu Filho unigênito encarnado, morto e ressuscitado.
Mas a concórdia, a união dos discipulos é a condição para que viesse o Espirito Santo, e resultado da união é a oração.
Isto vale para a Igreja de hoje, vale para nós, que nos reunimos. Se queremos que a experiência do Espirito Santo se resuma em um simples rito ou uma pura sugestão comemorativa , mas seja evento de salvação, devemos nos predispor em espera do dom de Deus por meio da humilda e silenciosa escuta da sua Palavra. (fonte: Homilia do Santo Padre na Capela Papal na solenidade de Pentecostes, 31 de maio de 2009).
“In manus Tuas”
Padre Antonio Lima.