A entrada messiânica de Jesus em Jerusalém.
Recordando o seu triunfo, Hoje na Santa missa vem abençoados os ramos (Domingo de ramos), e escutamos neste dia a narração da paixão e da morte de Jesus. é o profeta Isaias com o seu terceiro cântico do servo sofredor de Javé que nos prepara à paixão.
O sofrimento faz parte da missao do servo. Ela faz também parte da nossa missão de cristãos. Não pode existir um servo coerente de Jesus se não carrega a própria cruz, como nos lembram os salmos.
Mas no sofrimento está a vitória. “Ele despojou-se de si mesmo, assumindo a condição de servo, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz”. E, como no som triunfal da música, ressoam as palavras que lembram o antigo hino cristão sobre o rebaixamento de Jesus de que fala S. Paulo: “Por isso Deus o exaltou acima de tudo”. A gloria do servo de Javé esta em seu desvestir-se completamente, em seu abaixar-se, em servir como um escravo, até a morte. A palavra essencial é “Por isso”. A elevação divina de Cristo está nesta humildade, neste servir, em sua solidariedade conosco, em partucular com os mais fracos e mais atribulados. Principalmente, porque tudo em Deus é amor!
Ė o amor que se manifesta com mais força na cruz, sobre a cruz da qual se ouviu o grande grito de confiança filial do Pai.
“Após estas palavras inspirou”, diante destas palavras de Jesus nos ajoelhamos – segundo a liturgia da Missa – e nos envolvemos na oração e meditação da sua morte. Este instante de silêncio é essencial nestes dias, indispensável para cada um de nós. O que dizer ao Crucifixo? e a mim mesmo? e ao Pai?
“In Manus Tuas”
Padre Antonio Lima.