O louvor é algo maravilhoso, pois nos proporciona momentos de profunda comunhão com o Pai. Que o coração fique insatisfeito, porém com nossas palavras e cânticos, são importantes e agradam a Deus, mas podem perder todo o seu valor, se não for coerente com o nosso modo de de conduzir a vida.
Não basta deixar de fazer o mal. Precisamos praticar o bem (Cfr. I 1,16-17).
O que Deus deseja é que, além do louvor, estejamos dispostos para o serviço, para a ação principalmente daqueles que, juntamente conosco, invocam o nome do Senhor (Cfr. Gal 6, 10).
Nós, que somos ministros do louvor, podemos ter o ilusório sentimento de “dever cumprido” pelo fato de entoarmos cantos ao Senhor, resta o testemunho a dar fora das portas do templo. Uma das grandes tentações do musico é aquela de indiretamente atribuir a si aplausos, reconhecimentos humanos, atração, seguidores pelo estilo de musica ou pela bravura de cantar ou de mostrar a propria arte de cantar… O Verdadeiro servo do louvor tem a mente o coração e os joelhos voltados diariamente ao sacrario. Não se concebe que seja verdadeiro o louvor de quem prega ser maravilhoso adorar o Senhor e não tem tempo para faze-lo por mil afazeres artisticos mesmo quando estes sejam a serviço de Deus, quero dizer: Infelizmente tem quem confunde o trabalho de Deus com o estar em sua companhia. A consequencia é a perda de sentido do que se faz para Ele. O que agrada a Deus? O louvor que nasce da companhia, do compromisso da oração, da adoração, do alimentar-se dele diariamente.
“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.” (Cfr. Salmo 115, 1). O poder do louvor está condicionado, entre outros fatores, ao propósito que temos ao realizá-lo. Para quem é o nosso louvor? Para quê entoamos nossos cânticos?
É verdade que algumas músicas têm mensagens que se destinam ou são, feitas para alcançar o público. Isto é correto e necessário. Contudo, precisamos estar conscientes de que o propósito do nosso louvor deve ser agradar o coração de Deus. O público está em segundo lugar. Se pudermos agradá-lo enquanto louvamos o Senhor, ótimo, mas não deve ser esta a nossa preocupação e prioridade.
“In Manus Tuas…”,
Padre Antonio Lima.